José Maria Neves escreve sobre « asneiras» que políticos dizem ou fazem quando estão no poder

DAS ASNEIRAS QUE DIZEMOS OU FAZEMOS

Sou político, já fui dirigente partidário e já desempenhei cargos de elevadas responsabilidades no meu país. Tenho um enorme orgulho desse meu percurso político.

Mas, felizmente, em democracia, o poder é transitório. Ganhamos e perdemos, estamos no poder e na oposição e a ideia é servir o bem comum, com humildade, tolerância e abertura de espírito para aprender, ouvir o outro e conviver com as diferenças. Seja em que lado do campo estivermos.

Saí do governo para a sociedade civil. Dou aulas na Universidade e ganho o meu pão de cada dia, também com muito orgulho.

Ando pelas ruas, faço as minhas compras, falo com as pessoas e vou aprendendo ainda mais, nesta outra margem, sobre as instituições, os partidos e a política e sobre a forma como o exercício do poder e os políticos são avaliados.

Falo com os jovens, os empresários, gente simples da rua, há dias apanhei um táxi, depois do susto do taxista, a conversa foi escorreita e agradabilíssima.

Tenho aprendido muito. E de vez em quando surpreendo-me a rir desbragadamente com os meus botões das “asneiras” que, por ignorância, dizemos ou fazemos quando estamos no poder.

Reconfortam-nos as coisas boas que fazemos em prol do bem comum. Sobretudo quando as pessoas nos dizem isso mesmo, com emoção e brilho nos olhos.

José Maria Pereira Neves


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