Caça ao homem em Espanha após ataques terroristas

Pelo menos 13 vítimas mortais e cerca de uma centena de feridos é o último balanço do ataque de quinta-feira nas Ramblas, em Barcelona, quando uma carrinha conduziu deliberadamente contra a multidão. O atentado foi reivindicado pelo Estado Islâmico e o condutor continua a monte. Durante a madrugada, uma segunda ação em Cambrils fez pelo menos sete feridos. A polícia estabeleceu um laço entre os dois atentados.

A polícia catalã procura Moussa Oukabir Soprano, principal suspeito do ataque com uma carrinha nas Ramblas.
10h13 - O presumível autor do ataque

. El País do ataque nas Ramblas é Francisco López Rodríguez, com cerca de 60 anos, natural de Granada. A mulher da vítima está entre os feridos graves. Desta família morreram ainda uma sobrinha e o respetivo filho, menor de idade, revela o jornalprimeira vítimaA
10h37 - Primeira vítima identificada


Sobre os feridos no atentado, continua a não haver registo de portugueses. “Quanto às vítimas mortais, continua ainda o processo de identificação. Vamos aguardar durante a manhã”, disse o secretário de Estado.

“Eu recomendo aos portugueses que estão em viagem, em turismo ou em trabalho, a utilização da aplicação Registo Viajante. É uma aplicação móvel gratuita que permite termos uma base de dados dos portugueses que estão em movimento”, apontou o secretário de Estado das Comunidades, em declarações à agência Lusa.

. José Luís Carneiro apela ainda a que se evitem locais com grandes concentrações de pessoas.Registo ViajanteO secretário de Estado das Comunidades aconselha os viajantes de nacionalidade portuguesa a fazerem uso da aplicação móvel 10h45 - Governo português aconselha Registo Viajante

Segundo a agência EFE, Moussa veio de Marrocos no passado dia 13 de agosto. Várias fontes referem que tem 18 anos, outras garantem que é menor. Moussa é o irmão mais novo de Driss Oukabir, um dos suspeitos detidos pela polícia em Ripoli, que diz ter sido alvo de roubo de documentação que foi usada para alugar os dois veículos.

O jornal La Vanguardia conta que o suspeito completou 18 anos "há pouco tempo" e que, já aos 16 anos, publicava mensagens suspeitas. Na plataforma de perguntas e respostas Kiwi, Moussa Oukabir respondia que nunca viveria "no Vaticano" e que desejava "matar os infiéis" e deixar que apenas os muçulmanos professem a sua religião.

10h01 - Ataque de Cambrils: cinco pessoas continuam hospitalizadas

Dos sete feridos cinco continuam internados nos hospitais de Tarragona. Uma das vítimas está em estado crítico, duas têm ferimentos graves e outras duas apresentam ferimentos ligeiros.

9h55 - Aeroporto de Barcelona com zonas reservadas para familiares

A polícia da Catalunha, a Cruz Vermelha e a Proteção Civil reservaram dois espaços no aeroporto de Barcelona para receberem os familiares afetados pelo atentado de quinta-feira.

Os trabalhadores da Eulen Seguridad, responsável pelos controlos de acesso no aeroporto de Barcelona - El Prat, decidiram suspender temporariamente a greve que mantêm desde 14 de agosto.

9h50 - Presumível autor do atentado tem 17 anos

Moussa Oukabir, de 17 anos, é o principal suspeito das autoridades catalãs do atropelamento nas Ramblas, que fez 13 mortos. O presumível autor do ataque é considerado perigoso e encontra-se em fuga.

Segundo o jornal El Mundo, Moussa Oukabir é irmão de um dos detidos em Ripoll. O menor terá roubado o passaporte do irmão mais velho para alugar duas viaturas, uma delas foi usada no ataque.

9h40 - Países do sudeste asiático também condenam

Filipinas e Malásia condenaram o ataque terrorista em Barcelona. Também a Indonésia, o maior país muçulmano do mundo, expressou "profundo pesar e solidariedade" para com as vítimas dos "atos de terror" em Espanha.

9h35 - Conselho de Segurança da ONU condena atentado

Durante a noite foram várias as entidades e países que condenaram os atentados na Catalunha. Em comunicado, os 15 países do Conselho de Segurança das Nações Unidas condenaram o "bárbaro e cobarde ataque terrorista".

O órgão da ONU reafirmou a necessidade de todos os Estados combaterem os terroristas "com todos os meios.

9h30 - Tudo começou em Alcanar

Horas antes dos ataques em Barcelona e Cambrils, uma explosão em Alcanar na noite de quarta-feira fez um morto e sete feridos. Segundo a polícia catalã, a investigação liga os dois acontecimentos "de forma clara e com poucas dúvidas".

As autoridades acreditam que os terroristas estariam a trabalhar num engenho explosivo, uma vez que foram encontrados cerca de 20 recipientes com químicos.

9h10 - Terceiro suspeito detido pelas autoridades catalãs

Os dois suspeitos detidos na quinta-feira foram encontrados pela polícia em Ripoll e Alcanar. Esta sexta-feira, a polícia espanhola dá conta de um terceiro detido, novamente em Ripoll, a pouco mais de 100 quilómetros de Barcelona.

Sabe-se que nenhum dos dois detidos de quinta-feira era o condutor da carrinha usada no ataque. Sobre o suspeito detido esta madrugada, a polícia não revelou quaisquer pormenores.

9h00 - O que sabemos sobre os acontecimentos em Espanha:


  • Um condutor atropelou vários transeuntes nas Ramblas, uma das zonas mais movimentadas de Barcelona, ao final da tarde de quinta-feira
  • Morreram pelo menos 13 pessoas e há registo de uma centena de feridos. Entre as vítimas mortais há espanhóis e vários estrangeiros. Os feridos são de 18 nacionalidades diferentes.
  • O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas refere que ainda não há registo de portugueses entre as vítimas mortais
  • O atentado de Barcelona foi reivindicado pelo Estado Islâmico. O condutor do veículo continua em fuga e três pessoas foram detidas
  • Em Cambrils, a 117 quilómetros de Barcelona, um segundo ataque depois da meia-noite (23h00 em Lisboa) fez sete feridos
  • A polícia catalã abateu cinco presumíveis terroristas em Cambrils. Os suspeitos traziam cintos de explosivos falsos presos ao corpo
  • O Governo regional catalão confirmou já esta manhã que o ataque na estância balnear está associados ao atentado de Barcelona
  • Antes de Barcelona e de Cambrils, uma explosão num apartamento em Alcanar, a 200 quilómetros de Barcelona, fez um morto e sete feridos. Foi nesta localidade que foi detido um dos três suspeitos com ligações ao atentado. 
  • O primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy decretou três dias de luto nacional e apelou a uma resposta "global" contra o terrorismo




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