Xi quer a China em lugar de primeiro plano no mundo

Presidente prometeu uma "potência socialista" de projeção internacional em 2050. E reconheceu desafios económicos. O presidente Xi Jinping falou durante três horas e meia na abertura do XIX Congresso do Partido Comunista da China (PCC) que se iniciou ontem Pequim. E nesta intervenção recorreu 36 vezes à expressão "nova era" para sublinhar a ideia de que a China está em vias de se tornar "um país socialista moderno", com capacidade de criar riqueza, combater a corrupção assim como as desigualdades sociais, aberto ao mundo e com direito a lugar de primeiro plano no quadro internacional.

O presidente Xi estabeleceu como metas a transformação do país "numa sociedade socialista moderna" em menos de duas décadas - ou seja, até 2035 - e numa "potência socialista" com projeção mundial até 2050. Deixou também claro que não há espaço para reformas no sistema político, que classificou como genuinamente orientado para a defesa dos interesses de toda a população.

O discurso - pronunciado perante cerca de 2300 delegados que, de forma ostensiva, segundo as agências, mostravam estarem a lê-lo enquanto ouviam Xi - foi transmitido em direto pelas principais estações televisivas. Assim, foi possível observar os delegados a passarem de forma praticamente simultânea as folhas do discurso do líder do PCC e os aplausos a intervalos regulares com que foram pontuando a sua intervenção. As reportagens televisivas dedicaram igualmente bastante espaço das suas emissões aos delegados provenientes de regiões mais distantes e de minorias étnicas, envergando os trajes tradicionais dos respetivos povos.



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