Coreia do Sul propõe sentar-se à mesa de negociações com o Norte daqui a uma semana

A Coreia do Sul sugeriu ao Norte que se organizem conversações de alto nível na chamada “aldeia da trégua”, no próximo dia 9 de janeiro, para que os dois países possam discutir a possível participação de atletas norte-coreanos nos Jogos Olímpicos de Inverno, que vão ter lugar em PyeongChang, em fevereiro. A proposta foi apresentada pelo Governo sul-coreano um dia depois de o líder do Norte, Kim Jong-un, ter estendido a mão ao Sul.

Na segunda-feira, no seu discurso de ano novo, transmitido na televisão estatal, Kim disse que estava a considerar enviar uma delegação para os Jogos Olímpicos, na cidade de PyeongChang, e sublinhou que os dois lados deviam “reunir-se urgentemente para discutir essa possibilidade”. O Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, leu nas palavras do homólogo uma oportunidade para melhorar as tensas relações intercoreanas e, esta terça-feira, o ministro para a Unificação, Cho Myoung-gyon, propôs que representantes dos dois países se encontrem na chamada “aldeia da trégua”, Panmunjom, na próxima semana.

A localidade, na fronteira desmilitarizada entre as duas Coreias, foi onde os dois países mantiveram quase sempre conversações oficiais, depois de terem assinado ali, em 1953, um armistício que pôs fim às hostilidades abertas entre Seul e Pyongyang (mas não à guerra que começou em 1950). “Esperamos que o Sul e o Norte possam sentar-se cara a cara para discutir a participação da delegação norte-coreana nos Jogos [Olímpicos de Inverno] em PyeongChang, bem como outros assuntos de interesse mútuo para a melhoria das relações intercoreanas”, declarou o ministro sul-coreano.


Para já, a Coreia do Norte ainda não reagiu à proposta, pelo que ainda não se sabe quem vai participar nessas conversas nem se vão mesmo concretizar-se a 9 de janeiro, como sugerido pelo Sul. A última vez que representantes das duas Coreias se encontraram foi em dezembro de 2015, na zona industrial conjunta de Kaesong, para conversações que acabaram sem qualquer acordo.


A agenda desse encontro nunca chegou a ser tornada pública e, desde então, Pyongyang passou os últimos dois anos a isolar-se cada vez mais da comunidade internacional à medida que foi avançando com os seus programas nuclear e de mísseis e apesar das sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU e por uma série de países, incluindo os EUA.


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