Julgamento do caso de cibercriminalidade na Praia: Arguidos optam pelo direito ao silênci

Os dois arguidos Rui Alves e Flávio Alves - suspeitos de terem cometido vários crimes de ameaça de morte, coação, chantagem e agressão sexual e que aguardam o julgamento em liberdade -, optaram pelo silêncio durante os primeiros dois dias do julgamento do processo de crimes relativos ao domínio do cibercrime e da recolha de prova em suporte electrónico. O julgamento, que arrancou, ontem,15, deverá terminar na próxima semana, soube o ASemanaonline.


Prossegue, no Tribunal da Comarca da Praia, o julgamento daquilo que é considerado, entre os profissionais do foro, o primeiro caso de cibercrime e da recolha de prova em suporte electrónico. Tudo, segundo apurou este diário digital, com base na Lei nº 8/IX/2017, que foi aprovada em 2017.


O caso, que tem chocado a opinião publica, vem sendo seguido com atenção por muitos cabo-verdianos, principalmente pelos familiares das vítimas. Além destes, muitas outras pessoas têm acompanhado as sessões, permanecendo nos arredores do Palácio da Justiça da Praia.Tudo na perspectiva de conhecerem os arguidos e os meandros deste cibercrime.


Fontes ligadas ao processo asseguram que nos primeiros dois dias de julgamento, foram ouvidos apenas seis das supostas vítimas, no total de 13. Vão ser ouvidas também mais de 30 testemunhas envolvidas no caso.


Conforme a acusação, os dois irmãos, Rui e Flávio, atraíam as suas vítimas com recurso a vários perfis falsos, criados no “Facebook”.


Recorde-se que os dois arguidos, suspeitos de vários crimes de ameaça de morte, coação, chantagem e agressão sexual, que aguardam o julgamento em liberdade, haviam solicitado uma Audiência Contraditória Preliminar “ACP”, que estava agendada no dia,05, de Dezembro de 2017, no Tribunal Judicial da Comarca da Praia. Mas horas antes os advogados dos mesmos entraram com um pedido da desistência, junto ao juiz do processo. Agora o caso está em julgamento.


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