Sete mísseis lançados do Iémen intercetados pelas forças sauditas, um morto

Sete mísseis balísticos disparados pelos rebeldes xiitas iemenitas foram hoje intercetados sobre a Arábia Saudita e os fragmentos fizeram um morto e dois feridos, anunciou a coligação militar liderada por Riade.


Três dos mísseis destinavam-se a atingir a capital saudita, um, a cidade de Khamis Mecheit, outro, Najrane e outros dois, Jazane, no sul da Arábia Saudita, precisou em comunicado o porta-voz da coligação, o coronel Turki al-Maliki.


O disparo dos mísseis coincidiu com o terceiro aniversário da intervenção contra os rebeldes huthis levada a cabo por uma coligação militar liderada pelos sauditas.


O coronel Maliki referiu, no seu comunicado, um morto civil, e a Defesa Civil de Riade precisou que os fragmentos de um dos mísseis intercetados sobre a capital atingiram uma casa, matando um cidadão egípcio e ferindo duas pessoas.


É a primeira vez desde o início da intervenção no Iémen que a coligação liderada por Riade anuncia o disparo de tantos mísseis balísticos num só dia contra a Arábia Saudita.


Para assinalar o aniversário da guerra iniciada a 26 de março de 2015, o líder dos rebeldes iemenitas, Abdel Malik al-Huthi proferiu um discurso de desafio à Arábia Saudita e aos Emirados Árabes Unidos, os dois pilares da coligação.


"Estamos preparados para mais sacrifícios, porque o nosso povo se tornou mais apto a resistir às agressões", declarou, num longo discurso televisivo transmitido no domingo à noite pela Al-Masirah, a estação de televisão dos rebeldes.


"Para nós, o que está em causa é a nossa liberdade, a nossa dignidade e a nossa independência, que não estão à venda", acrescentou.


Os apoiantes do jovem líder rebelde, de 28 anos, preparam-se para uma grande concentração na segunda-feira, na capital, Sanaa, para assinalar o aniversário da guerra.


Desde 26 de março de 2015, uma coligação militar sob comando saudita intervém no Iémen para apoiar as forças do Governo internacionalmente reconhecido, contra os rebeldes huthis, que tomaram em 2014 o controlo de Sanaa e de outros setores do país.


O conflito fez cerca de 10.000 mortos e 53.000 feridos, dos quais muitos civis, e desencadeou uma catástrofe humanitária classificada como grave pelas Nações Unidas.


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