Fogo: Comunidades de Cabeça Fundão e Chã das Caldeiras em situação crítica por falta de água para consumo

Os moradores das comunidades de Cabeça Fundão e Chã das Caldeiras de Santa Catarina do Fogo estão a passar por um momento difícil. Queixam-se de penúria da água para o consumo humano e do “descaso das autoridades” locais e nacionais em resolver esse problema. De acordo com fontes do Asemanaonline , a situação é delicada e agrava-se dia após dia. É que há famílias que passam o dia sem qualquer pingo de água em casa até para beberem. «Esta situação arrasta-se há vários dias», denunciam alguns moradores, ouvidos por este jornal, em tom de indignados.

Com a última erupção vulcânica em Chã das Caldeiras, as cistenas, que sáo os únicos meios para a reserva da água, foram todas destruídas pelas lavas. Com a fraca precipitação registada este ano, essas infraestruturas hidráulicas em Cabeça Fundão - zona mais afastada onde não se sentiu efeitos das lavas - estão todas vazias. Por isso, a população dos dois povoados tem estado a reivindicar junto das autoridades o precioso líquido para a satisfação das suas necessidades domésticas básicas.

O Asemanaonline está em condições de avançar que alguns residentes que dispõem viaturas ou de recursos financeiros para as alugar recorrem a outras comunidades do município, enchendo e transportando para a sua casa garrafões ou bidões de água para o consumo próprio. Mas centenas de pessoas pobres das mesmas localidades passam mal em casa, por permanecem sem água para fins domésticos e consumo dos seus animais.

A Câmara Municipal vinha fazendo abastecimento do precioso líquido naquelas localidades mais afectadas, recorrendo ao camião da Aguabrava. Soube o Asemanaonline, junto de uma fonte próxima da autarquia local, que o referido camião encontra-se avariada. Segundo a mesma fonte, “a edilidade tem feito esforços possíveis para fazer chegar, ainda que não em quantidade suficiente, um pouco de água à Cabeça Fundão e Chã”.

Neste momento, o executivo camarário estuda a possibilidade de adquirir o seu auto-tanque próprio. Apesar da insistência deste jornal, não foi possível, até o fecho desta edição, ouvir a versão do presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, Alberto Nunes, sobre esta situação. Havendo a reacção dele, prometemos retomar a matéria numa das próximas edições deste diário digital.


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