Trump ameaça líder norte-coreano com o mesmo fim de Kadhafi

Segundo o diário britânico The Guardian, a pergunta foi-lhe dirigida na sequência de referências que o seu novo conselheiro de segurança , John Bolton, fizera ao "modelo líbio" para lidar com a Coreia do Norte, no contexto do encontro agendado para Singapura, em 12 de junho próximo, entre Trump e Kim.
As palavras exactas de Trump, citadas no diário britânico, foram: "O modelo, se olharmos para esse modelo com Kadhafi, foi um dizimar total. Fomos lá para dar vencê-lo. Ora esse modelo iria aplicar-se se não fizermos um acordo, muito provavelmente. Mas, se fizermos o acordo, acho que Kim Jong Un vai ser muito, muito feliz".
À insistência dos jornalistas sobre se estava, deste modo, a manifestar discordância de Bolton, Trump explicou: "Acho que quando John Bolton fez essa declaração, ele estava a falar no caso de termos um problema, porque nós não podemos deixar aquele país ter armas nucleares. Simplesmente não podemos".
Desde anteontem, várias dúvidas se têm levantado sobre a viabilidade do encontro, principalmente depois de o Governo de Piong Iang ter denunciado o exercício militar conjunto entre EUA e Coreia do Sul, para treinar um cenário em que ambos os Estados invadiriam a Coreia do Norte.
Kim Jong-Un não cancelou de imediato o encontro de Singapura, mas uma reunião de alto nível entre as duas Coreias agendada para ontem, quarta-feira, já não teve lugar.
Ao responder à pergunta da imprensa, Trump mostrou-se ignorante do que efectivamente sucedera na Líbia. O presidente Muhamar Kadhafi chegara a assinar em 2003 um acordo, que previa o envio do seu urânio centrifugado para os EUA. Mas isso não impediu a NATO de intervir contra ele em 2011, invertendo o sentido da guerra civil líbia, que Kadhafi estava em vias de ganhar.
Apesar da assinatura do acordo, Kadhafi foi, portanto, derrubado, passou à clandestinidade, foi encontrado e linchado em Tripoli.
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