CV Telecom vai entrar na Bolsa de Valores de Cabo Verde

A Cabo Verde Telecom (CV Telecom) vai entrar na Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC), aprovaram os acionistas em assembleia-geral da empresa, que apresentou resultados líquidos de 1,4 milhões de euros em 2017, foi hoje anunciado.

Em comunicado, o departamento de comunicação e imagem da CV Telecom informou que o aval para cotar as ações da empresa em bolsa foi dado pelos acionistas, que estiveram reunidos no fim de semana, na cidade da Praia, em assembleia-geral ordinária.

A BVC, criada em maio de 1998, tem uma capitalização de perto de 61 mil milhões de escudos (553 milhões de euros), quatro empresas cotadas e outras que emitem obrigações.

Durante a reunião, a CV Telecom apresentou os seus resultados referentes ao ano de 2017, que foram de 160 milhões de escudos (1,4 milhões de euros), com os acionistas a aprovar a distribuição de dividendos, no valor de 160 escudos (1,4 euros) por ação.

A CV Telecom realçou que os resultados foram conseguidos "apesar do contexto desafiante, marcado por uma série de indefinições".

Na assembleia-geral, os acionistas reforçaram a sua confiança no conselho de administração, ao qual delegaram competências para avançar com a convergência das três empresas do grupo e criar uma empresa autónoma que se ocupará da gestão das infraestruturas concessionadas.

O anúncio para a criação de uma nova empresa para gerir a rede de telecomunicações do Estado, serviço até agora administrado pela empresa Cabo Verde Telecom, foi feito pelo Governo cabo-verdiano em fevereiro.

Com o processo, que vai acontecer no âmbito das negociações em curso para renovação do contrato de concessão, o Governo pretende "aumentar e democratizar o acesso às telecomunicações, promover a economia digital, internacionalizar-se e reforçar a regulação".

A assembleia-geral elegeu ainda o atual diretor de Marketing da CV Multimédia, José Luís Barros, para o cargo de Administrador Suplente da CV Telecom.


A CV Telecom tem como estrutura acionista a PT Ventures SGPS (40%), Instituto Nacional de Previdência Social (37,9%), privados cabo-verdianos (13,7%), Sonangol CV (5%) e Estado de Cabo Verde (3,4%).


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