Caso de suspensão e reforma compulsiva de Polícias: SINAPOL apela à imparcialidade do poder judicial ao recurso do contencioso para evitar decapitação da organização por parte do governo

A Liderança do SINAPOL diz, esta segunda-feira, que com a decisão de suspender o pré-aviso da greve, "sobejamente ponderada", apela « ao profissionalismo e à imparcialidade do poder judicial sobre o recurso do contencioso, em curso, evitando não só a tentativa de decapitação do SINAPOL», por parte do Ministério da Administração Interna (MAI), como também fazer jus à liberdade sindical em Cabo Verde.

Em comunicado, a Direcção do Sindicato Nacional da Polícia Nacional fez questão de salientar que, em prol da causa e segurança interna do País, decidiu suspender o pré-aviso da greve anunciada. Mas esclarece que tomou essa medida só em sede da Direcção Geral do Trabalho (DGT), mediante o acordo alcançado entre as partes, com destaque para a melhoria das condições de trabalho, direitos laborais e remuneratórios. Por isso, manifesta publicamente a sua satisfação pela solidariedade e apoio dado à causa da Polícia Nacional, sobretudo dos seus associados.

Fundamenta que o SINAPOl optou, como forma de se evitar alguma crispação social, tensão política no País ou de até um cenário provavelmente imprevisível, pela suspensão da greve, que se encontrava em curso.

"O objectivo concreto dos profissionais da PN de Cabo Verde, não era e não é fazer a greve, por fazer, pior, fazê-la sem motivos, mas sim, tem visado e visará sempre alcançar a resolução dos problemas laborais que afligem estes profissionais, com vista a manter um clima de paz e tranquilidade interna, no País", lê-se num comunicado do SINAPOL. O documento avisa que o mesmo sindicato está, "efectivamente", em condições de fazer a greve, sempre que for necessária, para uma luta justa na defesa dos direitos e interesses da Polícia Nacional.

Perante esse desfecho final, a direcção do SINAPOL endereça o seu agradecimento a todos os que se envolveram com a união, coragem e determinação na luta para a melhoria das condições de trabalho, direitos laborais e remuneratórias dos profissionais da Polícia Nacional.

Celso Lobo


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