Sistema de videovigilância entra em funcionamento em Cabo Verde

Citado pela Lusa, o projecto "Cidade Segura" foi instalado pela empresa multinacional chinesa de telecomunicações Huawei, que contemplou a construção de um Centro de Comando em Achada Grande Frente, instalação do sistema de videovigilância, do sistema de alerta inteligente e da comunicação operacional (voz e vídeo).

O Centro de Comando, que funciona há uma semana, foi inaugurado esta terça-feira, pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, e pelo ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, num momento que os dois governantes consideraram de "ímpar e marcante".

No Centro de Comando, uma equipa de mais de 30 efetivos da Polícia Nacional vai monitorizar as 300 câmaras de vigilância instaladas em 100 postos (cada posto tem três câmaras, sendo duas fixas e uma móvel) nas principais ruas da capital cabo-verdiana.

O centro possui ainda uma sala de comando e controlo, onde as imagens captadas são armazenadas por um período de até 30 dias, podendo ser extraídas para posterior análise e uso para efeitos de processo-crime, noticia a Lusa.

Até ao final do ano, o centro vai integrar um número único de emergência (112), que vai atender qualquer tipo de ocorrência da Polícia Nacional, Proteção Civil, Polícia Municipal, Emergência Médica e Bombeiros.

Por sua vez, os agentes no Centro de Comando recebem as chamadas e entram em contacto, via rádio, com mais de 60 colegas em viaturas no terreno, que poderão chegar aos locais das ocorrências o mais rápido possível.

Além das emergências, o sistema de videovigilância vai solucionar questões do trânsito e do saneamento na cidade da Praia, onde um dos objetivos é a antecipação de problemas e/ou minimizar os seus efeitos, conforme o ministro da Administração Interna.

"A videovigilância, associada a uma atuação integrada, tem antes de mais, caráter preventivo, tornando-se decisiva para muitos serviços", assinalou Paulo Rocha, para quem o Centro de Comando será o "cérebro operacional" da segurança pública.

Considerando que se trata de um "projecto estruturante" para a segurança pública, o ministro garantiu que foram acautelados os direitos fundamentais dos cidadãos, como a segurança, direito individual e proteção da privacidade.

Já, para o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva, a entrada em funcionamento da videovigilância é um "dia marcante", num projecto "complexo", que junta tecnologia e capacidade operacional, que vai apoiar na prevenção de ocorrências criminais, garantindo que o sistema vai permitir aumentar a eficiência e eficácia policial.

"A prevenção e a luta contra o crime não dependem apenas de um único factor, não dependem apenas da eficácia e eficiência das forças policiais, não dependem apenas da tecnologia, mas dependem de um conjunto de fatores que, integrados, podem conduzir para um Estado estrutural mais avançado na tranquilidade dos cidadãos", mostrou o chefe do executivo cabo-verdiano, conforme escreve a Lusa.

Depois da cidade da Praia, a videovigilância, cuja primeira fase custou cerca de 4,5 milhões de dólares, será instalada nas ilhas de São Vicente, Sal e Boavista

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