Praia: PP exorta população a pedir embargo das obras do espaço comercial na praça do Palmarejo, denuncia negligência com suspeita de morte de grávida no hospital

O Partido Popular de Cabo Verde (PP) decidiu, na sua reunião quinzenal, que vai exortar a população do Palmarejo a pedir o embargo da obra de um espaço comercial que vai ser erguida na praça da mesma cidade do concelho da Praia de Santiago. O partido liderado por Amândio Barbosa Vicente criticou atendimento no Hospital, denunciando cobrança de taxa moderadora a indigentes e suspeitas de morte de uma grávida por negligência.

Em declarações à Inforpress, o vice-presidente do partido, Felisberto Semedo, mostrou-se indignado com o facto de a Câmara Municipal da Praia ter concedido o referido espaço a um privado para edificar um centro comercial ao invés de requalificar a praça ali existente.

Segundo Felisberto Semedo, com este projecto a população já “não terá espaço para circulação naquele local e não há outro sítio onde se possa criar um espaço de lazer” para beneficiar os moradores.

“Palmarejo precisava de uma praça para respiração da população, um pequeno pulmão porque a zona ficou sem praça e sem outro espaço do tipo”, contestou Semedo.

Indignação de moradores e iluminação de bairros

Em março deste ano, aa associação dos moradores do bairro do Palmarejo manifestaram-se “indignadas” pela forma como a Câmara Municipal da Praia conduziu o processo da praça local “privilegiando o interesse privado em detrimento do público,” ao escolher o projecto do Grupo Kym Negoce, ao invés do da população que priorizava espaços verdes, de lazer e de convívio.

O Partido Popular manifestou também a sua intenção de solicitar ao Governo que reforce a iluminação pública nas zonas que não tem câmaras de videovigilância para evitar que esses bairros passem a ser um refúgio dos criminosos.

“As zonas periféricas como Jamaica, São Paulo, Alto Glória, Bela Vista que são zonas que não são contempladas com as câmaras de videovigilância, vão se transformar doravante no refúgio de criminosos,” defendeu Felisberto Semedo informando que há camaras que não estão a funcionar por causa da falta de energia.

Taxa moderadora e suspeita de morte de grávida

Uma outra preocupação do PP é a “discriminação” causada pelas taxas moderadoras nos hospitais. Conforme Felisberto Semedo, enquanto um deputado tem 200 mil escudos anuais para tratar da sua saúde há pessoas com baixo rendimento e que não tem emprego e que são obrigadas a pagar a taxa moderadora no hospital.

A indignação do Partido Popular também se estende a outros problemas na área da saúde. Segundo Semedo, enquanto há pessoas com dificuldade em adquirir remédios nas farmácias, anualmente são queimadas centenas de medicamentos que são deixadas a ultrapassar o prazo de validade.

“Isso é muito grave num país como Cabo Verde com um poder de compra como o nosso, com o salário mínimo que temos e com pessoas que não têm trabalho”, criticou lembrando também que ainda há casos de parturientes “a morrer nos hospitais por negligencia médica.”

Neste particular, Felisberto Semedo citou como exemplo a suspeita de morte de uma jovem grávida da zona de Calabaceira, que segundo disse, “os familiares, pais e o marido, afirmam que ela morreu por negligência médica”. A Semana c/ Inforpress


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