Ataques no norte de Moçambique preocupam UE, que já ofereceu ajuda, diz embaixador

"Temos uma grande preocupação que é partilhada pelos nossos parceiros, Estados-membros" referiu o espanhol Antonio Sanchez-Benedito Gaspar.

O diplomata disse que a UE já demonstrou disponibilidade "às autoridades moçambicanas" para apoiar "os esforços do país e de maneira coordenada, sob liderança das instituições e autoridades do Estado".

"Nas diferentes instâncias do nosso diálogo, expressámos uma preocupação e também nos temos posto à disposição das autoridades para assim podermos ser uteis", referiu.

Até agora não houve nenhuma solicitação por parte do Estado moçambicano, acrescentou.

Sobre a natureza dos ataques, "até agora há alguma confusão e não há informação muito precisa", referiu.

"Estamos perante atividades de criminalidade, mas talvez também de radicalismo islamista. Há uma situação complexa que precisa de um enfoque abrangente", concluiu.

Povoações remotas da província de Cabo Delgado, situada entre 1.500 a 2.000 quilómetros a norte de Maputo, têm sido atacadas por desconhecidos desde outubro de 2017, provocando um número indeterminado de mortos, na ordem das dezenas, e um número ainda maior de deslocados.


Nos últimos ataques, na quinta-feira, dez pessoas foram abatidas a tiro num aldeia e cinco militares foram igualmente mortos com metralhadoras numa emboscada a uma patrulha automóvel de rotina.


Os grupos que têm atacado as aldeias nunca fizeram nenhuma reivindicação nem deram a conhecer as suas intenções, mas investigadores sugerem que a violência está ligada a redes de tráfico de heroína, marfim, rubis e madeira.


Os ataques acontecem numa altura em que avançam os investimentos de companhias petrolíferas em gás natural na região, mas sem que até agora tenham entrado no perímetro reservado aos empreendimentos.


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