Nobel da Paz atribuído a médico Denis Mukwege e ativista Nadia Murad

O prémio Nobel da Paz foi esta sexta-feira atribuído ao médico congolês Denis Mukwege e à ativista de direitos humanos Nadia Murad, informou o Comité Nobel norueguês. O Comité justificou a decisão com os esforços dos dois laureados para acabar com a violência sexual como arma nos conflitos e guerras de todo o mundo. Denis Mukwege, de 63 anos, é um ginecologista conhecido por se ter dedicado à ação humanitária na República Democrática do Congo, onde gere um hospital na cidade de Bukavu. Especializou-se no tratamento de mulheres que foram violadas durante a guerra civil do país, tendo ajudado milhares delas ao longo de 12 anos de guerra.

No ano passado, o prémio foi atribuído à Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (ICAN, em inglês), pelo trabalho feito para a eliminação de armamento nuclear no mundo.

Desde 1901, ano em que os galardões começaram a ser entregues, foram atribuídos 98 prémios Nobel da Paz a um total de 131 laureados (104 indivíduos e 27 organizações).

Alguns destes vencedores foram Malala Yousafzai (2014), a União Europeia (2012), Barack Obama (2009), ONU (2001), Nelson Mandela (1993) e Dalai Lama (1989).

Os prémios Nobel nasceram da vontade do químico, engenheiro, inventor, industrial e filantropo sueco Alfred Nobel (1833-1896) em doar a sua imensa fortuna para o reconhecimento de personalidades que prestassem serviços à humanidade.

O inventor da dinamite expôs este desejo num testamento redigido em Paris em 1895, um ano antes da sua morte.

Atualmente com um valor monetário de nove milhões de coroas suecas (873.000 euros), o prémio não foi atribuído em 19 ocasiões, nomeadamente durante o período da Primeira e da Segunda Guerra Mundial.


c/Lusa


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