EUA garantem rigor na avaliação de pedidos de asilo

"A crise é real e está do outro lado deste muro", afirmou Kirstjen Nielsen, rosto da política de "tolerância zero" dos EUA, sublinhando que a "administração [norte-americana] não vai tolerar qualquer pedido de asilo sem fundamento, ou qualquer entrada ilegal" no país.

De acordo com a responsável, a caravana de migrantes, que partiu das Honduras há mais de um mês, junta agora 6.200 migrantes na cidade mexicana de Tijuana, fronteiriça com os Estados Unidos, e outros três mil em Mexicali, mais para o interior.

Kirstjen Nielsen afirmou ainda que pelo menos 500 dos migrantes foram já identificados "como criminosos", mas escusou-se a avançar detalhes sobre a natureza ou a origem das acusações.

"Quem entrar neste país sem autorização, infringe a lei dos Estados Unidos. Será detido, acusado e expulso", ameaçou.

Quatro caravanas de migrantes da América Central, com cerca de dez mil pessoas, a maioria das Honduras e El Salvador, está a percorrer o México com o objetivo de entrar nos Estados Unidos.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, desde logo criticou estas caravanas e decidiu enviar no final de outubro tropas para os locais.

As autoridades mexicanas na cidade de Tijuana anunciaram esta semana a detenção de 34 pessoas que integravam as caravanas por delitos menores e que vão ser agora deportados.

Na terça-feira, o secretário-geral da ONU pediu aos membros das caravanas que ouçam "toda a informação sobre os procedimentos legais".

"As pessoas que viajam na caravana necessitam de cooperar e ouvir com atenção a informação disponível sobre os procedimentos legais disponíveis", disse António Guterres, citado pelo porta-voz, Stéphane Dujarric.

O porta-voz acrescentou que a ONU está no terreno e pode fornecer "assessoria técnica" aos migrantes.

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