Aeroporto Internacional Nelson Mandela testa capacidade de resposta a ataque terrorista

Foi um “exercício inédito” neste aeroporto, com a junção de dois cenários de interferência ilícita, designadamente um de ameaça de bomba no interior do terminal, seguida de um ataque armado ao terminar principal do aeroporto num momento que se procedia a evacuação das pessoas para que as forças armadas desativassem o engenho explosivo.

O exercício obrigou a “evacuação rápida” de todo o aeroporto da Praia e áreas circundantes, já que a simulação envolveu troca de tiros entre grupos terroristas e a Polícia Nacional, que resultou em seis mortos, 45 feridos graves e seis atacados ligeiros, bem como a detenção de um dos dois atiradores.

Leovigildo Barros, da direção do Aeroporto da Praia, relatou, em exclusivo à Inforpress, que para além de cumprir com os requisitos regulamentares de segurança na vertente proteção contra interferência ilícita, este simulacro teve também o propósito de juntar a comunidade para dar resposta de emergência ao município da Praia, onde o aeroporto está localizado, para “treinar os processos”.

“Hoje em dia e mais do que nunca, o sistema está em ameaçado com o despoletar com novas tecnologias planificadas e estudadas por pessoas mal intencionadas, o que implica que o aeroporto terá de estar minimamente preparado para dar respostas, em caso real”, afirmou Leovigildo Barros.


Sublinhou que o cenário foi desenhado de propósito, alegando que os grupos terroristas têm sempre esta tática, de forma a desviar a atenção das pessoas para o alvo principal que planificam de forma ter maior resultado que passa pela destruição de vida humana, da economia e perda da confiança dos passageiros.


A capacidade de resposta, principalmente das forças de segurança – Polícia Nacional e Forças Armadas, em ação foi considera pela direção do Aeroporto de “muito boa” para um exercício do género, com alto grau de exigência, “pela primeira vez num cenário muito complexo”.


A resposta médica, apontada como sendo “muito importante” neste caso também mereceu nota “muito positiva”, já que as sessões de triagem, a prioridade para evacuações, a rapidez de evacuação para o Hospital Dr. Agostinho Neto, a preparação que este hospital central teve em receber e estar preparada para receber os acidentados passam no teste.


Sem apontar falhas em algo que pode ter corrido menos bem, os serviços recomendam, entretanto, a correção de algumas situações e novos exercícios de treinamento, para ver se realmente estejam criadas todas as condições no aeroporto para que a resposta seja célere de forma a minimizar o máximo possível a perda de vidas humanas.


SR/CP


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