MpD denuncia “ilegalidades e falta de transparência” da Câmara Municipal de Santa Cruz

As acusações foram feitas pela líder da bancada do MpD de Santa Cruz, Ivanilda Vaz, em conferência de imprensa.

Alegou que as sessões ordinárias que deveriam acontecer trimestralmente durante o ano de 2023, “registou uma única vez, no mês de Abril”, para a discussão e aprovação de contas de gerência e planos de actividade de 2022.

Ivanilda Vaz considera que tem havido ilegalidades na Câmara Municipal de Santa Cruz, situações que, segundo diz, deveriam ter sido deliberadas pela Assembleia Municipal.

“No passado mês de Setembro, do corrente ano, ocorreu um acidente de viação, envolvendo viatura do presidente da câmara municipal, em plena madrugada, de um domingo, conduzida pelo seu condutor pessoal, com danos consideráveis, sem que ninguém conheça os contornos deste acidente”, denunciou.

O responsável afirmou ainda que o presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, Carlos Silva, (…), “logo no dia seguinte passou a ser visto a circular num luxuoso veículo top de gama, um Land Cruiser TXL Toyota, cuja matrícula ST-63-YM, avaliado em 9.000.000$00 (nove mil contos) que, ultimamente, por iniciativa própria, descobriram ter sido adquirido por hipoteca, através do BCA, sem conhecimento e devida deliberação da parte da Assembleia Municipal”.

Segundo Ivanilda Vaz, esse valor poderia ser disponibilizado para requalificação da cidade de Pedra Badejo, que “continua numa das piores cidades da Região de Santiago Norte”.

A bancada acusou também a autarquia de efectuar parceria com uma empresa privada, envolvendo o projecto, denominado, Vitoria Santiago, destinado a infra-estrutura e venda de lotes de terreno, na zona denominada Redonda, mencionou a líder da bancada do MpD Ivanilda Vaz.

De acordo com a mesma fonte, a Câmara Municipal de Santa Cruz, tem realizado contratos de pessoal de forma “ilegal”, sem concurso público e sem crivo da Assembleia Municipal.

Disse que desconhece o número total do pessoal que labora na câmara municipal, “havendo alguns, que aparecem apenas no dia do pagamento”, acrescentando que há funcionários a auferir de salários inferiores ao salário mínimo, praticado na Administração Pública e que não se encontram “inscritos na previdência social”, disse.

“A câmara de Santa Cruz é das poucas que até então não actualizou os salários dos funcionários, com o aumento de 3,5%, concedido pela Administração Pública, em Janeiro de 2023”, acrescentou. A Semana com Inforpress

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