Governo e Sindep divergem sobre a greve por tempo indeterminado anunciada pelo Sindprof

Essas foram, segundo a Inforpress, as reacções do presidente do Sindep, Jorge Cardoso, e do ministro da Educação, Amadeu Cruz, sobre o início de uma greve por um período indeterminado, iniciada hoje pelo Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof) por falta de acordo com o Ministério da Educação sobre as reivindicações ligadas ao aumento salarial.

Para o Sindprof, a greve, por tempo indeterminado, tem como propósito fazer o Ministério da Educação respeitar a classe e resolver o problema do professor desde a mudança de nível até a actualização salarial.

Segundo avançou, a proposta com o pedido de aumento salarial de 78.678 escudos para 107.471 escudos de salário base não foi aceite na última reunião com o Ministério da Educação e Direcção-Geral do Trabalho.

Amadeu Cruz que falava aos jornalistas, no final do encontro que manteve esta manhã com o Sindep, sublinhou que a greve é um direito de qualquer cidadão e que o Governo respeita esta forma de luta.

Conforme ainda a Inforpress, o governante reiterou que a proposta apresentada pelo Sindprof de aumentar o salário para 107 mil escudos, um aumento de 36%, provoca um impacto muito grande no orçamento do Estado.

Entretanto, assegurou que o Governo tem estado sempre disponível para trabalhar com todos os sindicatos e manifestou aberto para continuar a dialogar e chegar a um entendimento e que permita a estabilidade do sistema educativo e motivar os professores.

Por seu turno, o presidente do Sindep, Jorge Cardoso, realçou que o sindicato apoia incondicionalmente todas as formas de lutas dos professores, mas sublinhou que não chegaram a ouvir a classe sobre a greve por um período indeterminado, anunciada pelo Sindprof.

Estamos a sair de uma greve de dois dias realizada no mês de Novembro, e temos que fazer o trabalho de casa que é auscultar os professores e traçar a próxima etapa de luta. Não achamos na altura que era razoável marcar uma greve sem auscultar os professores”, apontou.

Segundo o Sindprof, os professores pedem, ainda, a conclusão de reclassificações, promoção automática, regularização da atribuição dos subsídios por não redução da carga horária até 2024, melhorar a carreira dos mestres, doutores e professores universitários, regularização da carreira das educadoras de infância, regularização do processo de transição dos professores e revisão do Estatuto da Carreira do Pessoal Docente.

De momento, os alunos estão de férias do período de Natal e Fim do Ano, estando o início das aulas marcado para dia 03 de Janeiro de 2023, lembra a fonte deste jornal.

Categoria:Noticias