Caso de jovens que estiveram em coma após consumo de drogas: JPAI pede ao Governo esclarecimentos sobre prevenção de drogas

A JPAI, Juventude do PAICV, pediu este sábado ao Governo que esclareça aos cabo-verdianos qual tem sido a sua política para prevenção do acesso e o consumo de drogas no país, que “visivelmente”, tem destruído várias famílias e a vida de tantos jovens. Esta reação surge após a JPAI ter tomado, com “estupefação”, conhecimento da notícia sobre a intoxicação por uso de droga de doze jovens provenientes do bairro de Calabaceira, na cidade da Praia.

“Situação muitíssimo grave”

“Ora esta é uma situação extremamente grave, que deve ser esclarecida imediatamente pelas autoridades competentes! O país não produz este tipo de drogas! Não podemos normalizar esta ocorrência gravíssima! Estamos a falar de jovens que poderiam ter morrido por overdose e o uso de substâncias ou estupefacientes, chamadas drogas adulteradas, que podem facilmente causar situações graves à saúde e levar à morte”, disse o presidente da juventude do maior partido da oposição, Fidel Cardoso de Pina.

Segundo este líder juvenil, este acontecimento “muitíssimo grave” só confirma aquilo que a JPAI vem alertando sobre o aumento exponencial de consumo de drogas que, conforme disse, parece haver no seio da juventude um pouco por todo o país.

“Lamentavelmente o consumo de drogas muito pesadas, que parece ter tornado de fácil acesso, só aumentou nas comunidades e acaba por ser infelizmente, um refúgio de muitos jovens para abafar o desânimo e as frustrações que enfrentam neste país”, acrescentou.

‘’Kassubody’’ versus consumo de drogas

Por outro lado, acrescentou Fidel Cardoso de Pina, que é amplamente conhecido que uma das principais causas do aumento da criminalidade, da violência, da delinquência juvenil e dos vulgos ‘’Kassubody’’ no país está diretamente ligada ao consumo de drogas.

“Aliás conforme os dados, cerca de 60% dos reclusos nas cadeias de Cabo Verde são toxicodependentes! Além de mais, temos uma população reclusa global com alta taxa de reincidência criminal, em que dos cerca de 2200 reclusos, cerca de quase 75% são jovens, cujos 53% têm idades compreendidas entre os 16 a 24 anos”, apontou.

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