Ulisses Correia e Silva espera que eleições presidenciais clarifiquem a situação na Venezuela e promete apoios aos estudantes cabo-verdianos

O Primeiro-ministro, que falava aos jornalistas à margem da apresentação da Carta de Política para a Mobilidade Eléctrica, afirmou que a posição de Cabo Verde sobre a crise na Venezuela é que se encontre a forma de normalizar a situação económica, social e política naquele país da América do Sul, a qual passará por eleições, nomeadamente, as presidenciais.

“Todo o esforço que for feito nesse sentido, todas as mediações que forem feitas para nós e para Cabo Verde serão benéficos no sentido de se encontrar uma solução pacífica”, defendeu Ulisses Correia e Silva, citado pela Inforpress.

Instado a falar sobre a situação dos estudantes cabo-verdianos que vivem em Venezuela, o primeiro-ministro garantiu que já há muito tempo que Cabo Verde tem estado a dar o apoio necessário a esses estudantes e que, inclusive, alguns regressaram ao país com o apoio do Governo.

Segundo ainda a mesma fonte, apesar de reconhecer que “não tem informações concretas” sobre o número de estudantes cabo-verdianos que ainda estão naquele país sul-americano neste momento, PM assegurou, no entanto, que o Governo” estará sempre disponível a dar todo o apoio a nível diplomático e para aqueles que queiram regressar a Cabo Verde.”

Terminado no domingo o ultimato dado por países europeus para o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para admitir a organização de novas eleições presidenciais, 19 países-membros da União Europeia assinaram na segunda-feira uma declaração conjunta de reconhecimento a Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, como auto-proclamado “presidente interino da Venezuela” com o objectivo de convocar “eleições presidenciais livres, justas e democráticas”.

Entretanto, a Itália e a Grécia a vetaram o documento, apoiando o presidente em função Nicolás Maduro, escreveu o jornal britânico The Times.

A Venezuela vive uma complexa crise política e económica, que se arrasta por mais de quatro anos. No centro do turbilhão está o governo de Nicolás Maduro, eleito pela primeira vez em Abril de 2013 e reeleito em 2018 por meio das eleições presidenciais ocorridas em 20 de Maio.

A crise agudizou-se quando Juan Guaidó, o novo líder da assembleia nacional detida pela oposição, prestou juramento para se declarar Presidente interino da Venezuela, numa altura em que decorriam manifestações violentas contra o governo de Nicolás Maduro.


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