Moçambique. Força de reação rápida portuguesa esperada na Beira

O avião transporta a força de reação rápida portuguesa, constituída por 25 fuzileiros, dez elementos do Exército, três da Força Aérea e dois da GNR (equipa cinotécnica).

O envio de dois C-130 Hércules, da Força Aérea Portuguesa, foi anunciado ao início da noite de quarta-feira pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, tendo o primeiro partido de Lisboa algumas horas depois.

Um segundo C-130 com apoio português partiu na noite de quinta-feira para a Beira, transportando uma equipa avançada de peritos da Autoridade Nacional de Proteção Civil, elementos da Força Especial de Bombeiros, da Guarda Nacional Republicana (GIPS e binómios de busca e socorro), do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da EDP.

No primeiro avião, além dos 35 militares, integram a força uma equipa cinotécnica (homem e cão) da GNR, numa operação coordenada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil.

Os técnicos portugueses esperados no centro de Moçambique vão apoiar as operações de busca e salvamento, com uma equipa de fuzileiros que já tinha estado numa missão anterior no país e que "conhece bem as responsabilidades", descreveu o ministro.

A força inicial integra também uma equipa médica do Exército português e meios para ajuda médica de emergência, incluindo camas, tendas e outros equipamentos, acrescentou Augusto Santos Silva.

Este primeiro C-130 transporta ainda um oficial de engenharia "cuja missão fundamental é identificar as necessidades mais prementes do ponto de vista do restabelecimento das comunicações", continuou Santos Silva.

O número de mortos confirmados na sequência do ciclone Idai ascende a 242 em Moçambique e 259 no Zimbabué, segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas e pelas autoridades zimbabueanas.

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, decretou o estado de emergência nacional na terça-feira e disse que 350 mil pessoas "estão em situação de risco".
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