Debate com o PM: Governo aponta exportação e indústria agro-alimentar como estratégia para industrialização de Cabo Verde

O primeiro-ministro considerou, na tarde desta quarta-feira, durante o debate parlamentar na Assembleia Nacional, que a industrialização de Cabo Verde passa pela exportação e geração de indústria transformadora agro-alimentar, enquanto alternativa para substituição de importações.

Ulisses Correia e Silva justificou, segundo a Inforpress que o cita, estas politicas do Governo com o argumento que Cabo Verde detém um mercado pequeno, de baixo rendimento, tendo reconhecido que as indústrias que se instalem no país “para terem visibilidade, necessariamente, têm que almejar o mercado externo, para a colocação dos produtos”.

O chefe do Governo, sublinhou, está-se a trabalhar nesta pespectiva, “já existe alguma indústria e algum desenvolvimento”, com o entendimento que a substituição de importação visa particularmente atingir o sector de transformação agro-alimentar para o mercado turístico em crescimento e para o mercado interno.

Já no capítulo da educação, o PM revelou que o executivo já está a concluir uma definição de cursos estratégicos para o país e associar aos temas de incentivos, nomeadamente a política de bolsas de estudo, bem como reorientar a política de incentivo de estímulo do Estado à educação superior, para cursos estratégicos para o desenvolvimento do país.

No que concerne ao emprego, o primeiro-ministro garantiu que o país tem tido uma “grande dinâmica” de inscrições, quer de segurados, quer de contribuintes no sistema de segurança social, porquanto “têm estado a aumentar num ritmo superior há três anos”, o que, atestou, “representa emprego decente, com segurança social”.

Ulisses Correia e Silva indicou que o Governo, “ainda a meio de caminho”, pretende trabalhar para aumentar a capacidade da criação de emprego, através de uma economia a funcionar, melhor e mais e com a coesão territorial, de forma a evitar que o emprego seja concentrado.

“Nós podemos atingir a meta de 45 mil empregos em duas, três ilhas”, disse o primeiro-ministro, anotando que pretende atingir esta marca “até a final da legislatura e para os próximos tempos”, de uma forma desconcentrada, para que cada ilha tenha uma economia com a devida dinâmica e possa criar condições de emprego à disposição dos jovens.

Conforme ainda a Inforpress, o chefe do executivo apontou o turismo e todo o sector desta actividades, e os transportes aéreos, como sectores com grande potencial de continuação de criação de emprego, tendo inclusive, revelado que já está a finalizar um acordo com os bancos para a abertura de uma linha de crédito para formação e treinamentos de pilotos, para trabalhar no país e no estrangeiro.

“Isto é dar competências a jovens numa profissão bem renumerada, uma profissão bem valorizada e com mercado externo”, explicou, convicto que quer, através da formação profissional e dos estágios profissionais, no campo das oportunidades do crescimento económico, o Governo vai atingir os objectivos propostos.

Neste particular, Ulisses Correia e Silva anunciou que, para além dos cinco mil beneficiários previsto no Orçamento do Estado para a formação profissional, o Governo tem já prognosticado mais dois mil privilegiados com financiamento do Banco Mundial, refere a Inforpress.


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