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Polícia brasileira pediu a detenção de ex-PR Dilma Rousseff mas Supremo negou

A Polícia Federal (PF) pediu na quinta-feira a detenção da ex-Presidente brasileira Dilma Rousseff na sequência da investigação dos alegados pagamentos de subornos a senadores nas presidenciais de 2014, contudo, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou.

A informação é avançada pela imprensa brasileira, que afirma que além de Rousseff, também o seu ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira e o ex-senador Valdir Raupp, todos suspeitas do envolvimento na compra de apoio político para as eleições presidenciais de 2014, tiveram o pedido de detenção negado pelo juíz Edson Fachin, relator do caso STF.

A PF solicitou ainda a prisão preventiva do juíz do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo, mas o STF, responsável por autorizar o cumprimento dos mandados, também negou essa solicitação.

Ao ser consultada, a Procuradoria-Geral da República do Brasil(PGR), foi igualmente contra a restrição de liberdade dos investigados, alegando que não existem elementos suficientes para justificar a medida.

Fachin autorizou, no entanto, a intimação da ex-presidente Dilma e de outros investigados.

A Polícia Federal do Brasil cumpriu na quinta-feira mandados de busca e apreensão e de sequestro de bens numa investigação sobre alegados pagamentos de subornos a senadores nas eleições de há cinco anos.

Os mandados foram autorizados por Fachin e fazem parte de uma investigação que apura informações fornecidas em depoimento por ex-executivos da fabricante de carnes JBS, que alegaram ter subornado senadores do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) para apoiar a candidatura da ex-Presidente brasileira Dilma Rousseff nas presidenciais de 2014.

Além dos mandados de busca e sequestro de bens, foram intimados a depor os senadores Renan Calheiros, Eduardo Braga e Jader Barbalho, todos do MDB.

Num comunicado partilhado no seu `site`, a ex-presidente classifica de "estarrecedora" a informação de que a Polícia Federal pediu a sua detenção, frisando que "não é investigada e nunca foi chamada a prestar qualquer esclarecimento".

Segundo Dilma, a notícia mostra "o esforço inconsequente do ministro da Justiça, Sergio Moro, no afã de perseguir adversários políticos".

"O pedido de prisão é um absurdo diante do facto de não ser investigada no inquérito em questão. (...) E também revela o esforço inconsequente do ministro da Justiça, Sergio Moro, no afã de perseguir adversários políticos. Sobretudo, torna visível e palpável o abuso de autoridade", diz Dilma, acrescentando que "prevaleceu o bom senso e a responsabilidade do juíz responsável pelo caso, assim como o próprio Ministério Público Federal".

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