Espanha: Polícia deteve em Vigo o capitão fugido do narco-submarino com mais de 3 mil kg de cocaína com alegada paragem técnica em Cabo Verde

Na mesma altura, quinta-feira, 28, foi detido no próprio domicílio o seu cúmplice, que a polícia acredita ter-se dirigido à embarcação para o ajudar. Ambos, nacionais espanhois da Galiza, fugiram quando a polícia chegou. Os dois tripulantes aí encontrados, equatorianos, foram detidos.

A polícia informou que foi fabricada na Guiana a embarcação submersível apreendida perto do porto de Aldán, o mais próximo da fronteira atlântica com Portugal.

Dias depois da apreensão histórica, a polícia informou que a embarcação submersível caiu nos radares da Marinha de Portugal e que de imediato se montou a operação para receber os traficantes.

Acerca da alegada ’paragem técnica’ em Cabo Verde — difundida em órgãos de imprensa portugueses como o CMTV e retomada num semanário de Cabo Verde — não há quaisquer referências nos media espanhois de referência.


Narco-submarino



É o primeiro "narco-submarino" apreendido na Europa, mas não é o primeiro nem lá perto, já que há largos anos este tipo de meio de transporte vem sendo usado para levar droga para os Estados Unidos.


O primeiro de que houve notícia mundial (mas não o primeiro, veja entretítulo infra) foi o submarino de 11 metros de Pablo Escobar, alegadamente de fabrico russo para fins militares. O deste domingo, 24, foi fabricado na Guiana, o único país anglófono da América Latina, e mede 22 metros ao comprido.


Acredita-se que a construção de submarinos deste tipo, cujo custo é calculado entre os 2,5 milhões e os 10 M. de euros, é feita em áreas remotas, especialmente em matas nas densas florestas da América Latina, para evitar a sua detecção. Como é o caso do deste domingo, fabricado na Guiana segundo as autoridades espanholas.


O primeiríssimo


Foi em setembro de 2000 que uma força conjunta de polícias dos EUA e da Colômbia apreenderam um submarino de 36 metros por quatro de altura, com capacidade para transportar 15 toneladas de cocaína.


A operação envolvia narcotraficantes russos, colombianos e estadounidenses.


Galiza em luta para apagar a nódoa de terra de traficantes


O dinheiro cega, disse a galega Carmen Avendaño há meses quando a sua conterrânea Tania Varela Otero (foto) — que a imprensa alcunhou ’anjo’ em 2001 aos 27 anos, "narcoabogada" (narcoadvogada), em 2006, "La Escobar" em 2011 — foi detida ao fim de oito anos em fuga.


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