Familiares de três das vítimas do naufrágio do Navio Vicente ainda esperam pelo subsídio de sobrevivência

Os familiares de três das 15 vítimas do naufrágio do Navio Vicente, ocorrido a 08 de Janeiro de 2015, ainda esperam pelo subsídio de sobrevivência decretado pelo Governo em Fevereiro de 2017, pelo que acusam o executivo de descaso.

A denúncia é do representante legal das vítimas deste acidente marítimo que aconteceu ao largo da ilha do Fogo, causando a morte de 15 pessoas, sendo elas 3 passageiros e 12 tripulantes.

Conforme Cirilo Cidário revelou a Rádio Pública, esta falha já foi comunicada ao Governo em requerimentos endereçados ao ministro de Estado e dos Assuntos Parlamentares e da Presidência do Conselho de Ministros, Fernando Elísio Freire, mas o executivo ainda não deu qualquer explicação às famílias do comandante, um motorista e um marinheiro.

A mesma fonte adianta que desde Março de 2017 alertaram o Governo para esta situação ou seja, um mês depois da publicação do decreto-lei que instituiu a pensão de sobrevivência aos herdeiros das vítimas mortais do naufrágio do Navio Vicente. “Nunca tivemos nenhum feedback por parte do Governo. Em Outubro de 2019 voltamos a fazer uma nova petição ao ministro e até ainda não tivemos nenhuma resposta sobre esta matéria”.


Cidário garante, em declarações à RCV, que já se deslocou algumas vezes ao Palácio do Governo, para constatar em que pé está a situação, mas assegura que não tem tido o feedback que gostaria de ter. “Queremos saber o porque destas três pessoas não terem sido ainda contemplados, pois todos os documentos deram entrada no ministério”.


Uma situação que coloca em causa a abrangência do Decreto-Lei que atribui aos familiares das vítimas uma pensão mensal de 20 mil escudos. “É atribuído a todos os familiares das vítimas, por isso não especifica quais vítimas” esclarece, questionando o Governo do porquê dessas três famílias não receberem a referida pensão.


Completou dizendo que estas famílias estão a passar por dificuldades diversas, por isso pede que esta situação seja revista pelo executivo o mais breve possível.


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