Eleita nova direção do grupo parlamentar do MpD: Ulisses Correia e Silva pede “mais atenção” à vertente legislativa

Ulisses Correia e Silva, que segundo a Inforpress, falava no final da votação, confirmou a deputada eleita pelo círculo eleitoral do Maio, Joana Rosa, como nova líder do grupo parlamentar do MpD. Adiantou que há iniciativas legislativas que, na sua perspectiva, são “muito importantes” e que devem ser colocadas na agenda parlamentar para avançar.

“Chamo atenção para a vertente legislativa. O parlamento está a fazer muita acção de fiscalização, muitos debates, perguntas ao Governo, debates com os ministros, mas temos que ter espaço e tempo suficiente para poder fazer as leis avançar”, disse.

“Temos todo o pacote legislativo que está muito indexado às reformas, reformas muito delas estruturantes que vai exigir tempo, trabalho e muita disponibilidade para procurar consenso quando for necessário para termos a maioria qualificada exigida”, acrescentou.

De entre essas iniciativas apontou a revisão do Código Eleitoral, cuja iniciativa do Governo já está pronta para ser debatida, o estatuto especial para cidade da Praia e um conjunto de iniciativas que, segundo indicou, resultaram das 14 medidas para o reforço da segurança e do sistema de justiça, que devem entrar no parlamento exigindo a maioria de dois terços.

Por outro lado, salientou também a necessidade de uma planificação para garantir que a casa das leis possa, de facto, executar uma parte fundamental da sua atribuição, que é debater e fazer a aprovar as leis.

“Quer dizer que em matéria que exigem maioria qualificada, vai exigir do nosso lado e do lado e da oposição a procura de consenso para podermos continuar a fazer a reformas” acrescentou segundo ainda a Inforpress.

Deputação de proximidade e oito deputados ausentes no momento da votação

Ulisses Correia e Silva apelou ainda aos deputados do seu partido para intensificarem as relações com os eleitores, desenvolvendo ainda mais a “deputação de proximidade” que é, na sua perspectiva, “algo muito inerente” à função dos deputados.

“Que continuemos a ter essa representação junto dos cidadãos, dos cabo-verdianos nas diversas ilhas nos diversos concelhios. Isso é que faz com que a proximidade do Parlamento esteja também próximo da cidadania, próximo das pessoas. Eu apelo que possamos intensificar essa relação de representação dos eleitores, aqueles que nos deram confiança e querem que essa confiança esteja espalhada em maior acção de proximidade” sustentou.

Joana Rosa foi eleita líder do grupo parlamentar com 28 votos a favor, três contra e uma abstenção na ausência de oito deputados que se encontram fora da ilha de Santiago - questiona-se as motivações dessas ausências, ja que a eleição da nova direção da bancada foi marcada com alguma antecidência.

Rosa vai ser coadjuvada nas suas funções pelos vice-presidentes Armindo da Luz (Santo Antão), Maria Celeste Fonseca (São Vicente) e Alcides de Pina e Luís Alves (Santiago) . Joáo Gomes e Emanuel Barbosa, que foram os vices da anterior direção de Rui Figueiredo Soares mais ativos, ficaram fora da nova liderança da bancada ventoinha comandada por Joana Rosa.


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