Futebolista Rúben Semedo critica advogada portuguesa por ter chamado povo cabo-verdiano de “gentalha”
O futebolista utilizou o seu Instagram para insurgir contra a palavra da advogada portuguesa, que considerou que o caso de Giovani foi abordado sim na comunicação social do seu país.
“Primeiro, não se falou histericamente como esta gentalha queria que se falasse (…), segundo, as festividades estavam a acontecer quando tivemos notícia do facto”, declarou a advogada.
As declarações de Suzana Garcia causaram revolta e indignação nas redes sociais por parte dos cabo-verdianos, sobretudo, e Rúben Semedo não ficou calado.
“Uma pessoa com as suas faculdades literárias deveria ter um pouco mais de ética e respeito, mas também não a recrimino porque é do meu entendimento que a palavra respeito não existe no seu dicionário! Aguarda a sua resposta e “tente” pelo menos respeitar o luto de quem perdeu um ente querido”, escreveu o Rúben Semedo.
Segundo o site Hiper FM, a advogada Suzana Garcia teria comentado ainda que quando um branco foi morto pelos pretos não se suscitou nenhum incidente racista.
Neste sentido, a mesma observou que, assim como acontece em outros países, existem incidentes racistas em Portugal, mas que o povo daquele país não é racista.
Luís Giovani dos Santos Rodrigues, 21 anos, natural dos Mosteiros, ilha do Fogo, morreu em 31 de Dezembro de 2019 no Hospital de Santo António, no Porto, Portugal, depois de ter sido espancado, alegadamente por um grupo de indivíduos na cidade transmontana de Bragança, no passado dia 21 de Dezembro.
O caso causou revoltas no país e na diáspora, levando jovens a convocarem marchas silenciosas dentro e fora do país para “manifestar indignação” pelo incidente.
O Governo de Cabo Verde informou hoje que os restos mortais de Luís Giovani Rodrigues serão transladados para Cabo Verde na quarta ou quinta-feira.