Ilha do Sal: Trabalhadores dos serviços de Meteorologia e Geofísica desvalorizam requisição civil e mantêm-se em greve
Às 07:30 da manhã, um número considerável de trabalhadores do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, na ilha do Sal, posicionava-se à entrada do Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, nesta greve, afectando todos os sectores do instituto, a nível nacional, descreve a Inforpress.
Ostentando dísticos, em sinal de descontentamento, os laboriosos do INMG entenderam ser esta uma forma de luta para reivindicar situações que se arrastam há vários anos, nomeadamente congelamento de carreiras e salários, corte de 45 por cento (%) no subsídio de produtividade de 2018, e o não pagamento do referido subsídio em 2019.
Em representação do grupo, Henrique Monteiro exteriorizou em declarações à Inforpress que vão ser dois dias de greve “ininterruptos”, asseverando que a requisição civil decretada pelo Governo “é ilegal”.
“Os trabalhadores da meteorologia não entendem a posição do Governo, já que o serviço de meteorologia é de extrema importância para a navegação aérea e para o desenvolvimento da economia do país”, observou.
Henrique Monteiro diz que os trabalhadores “estão firmes” nesta luta, enquanto as suas reivindicações não forem atendidas.
“Vamos continuar a lutar. Não vamos parar enquanto as reivindicações dos trabalhadores não forem satisfeitas”, assegurou.
Estribado no suporte jurídico, o representante dos trabalhadores do INMG, concluiu, reiterando que a requisição civil é ilegal, mantendo-se, entretanto, na posição de greve “com serenidade”.
“A requisição civil é ilegal. Mantemo-nos serenos, nesta posição para fazer valer os direitos dos trabalhadores. Já estamos agastados com esta situação, e isso põe em causa o funcionamento normal do serviço”, manifestou, indicando que a adesão a mais esta greve ronda perto dos cem por cento.
Esta é a segunda greve dos trabalhadores do INMG, em menos de um mês, e a terceira na gestão da actual administração, recorda a Inforpress.