Emigrante investe 1,5 M€ em hotel “ambientalmente saudável” em Cabo Verde
Segundo o despacho conjunto dos ministros das Finanças, Olavo Correia, e do Turismo e dos Transportes, Carlos Santos, que declara o estatuto de utilidade turística para a sua instalação, no município de São Miguel, ilha de Santiago, trata-se de um investimento privado que vai criar 22 quartos.
“Pretende reforçar a melhoria da oferta turística e dos alojamentos no município de São Miguel e apostar na prestação de serviços de qualidade”, refere o documento, de 28 de fevereiro e ao qual refere a Lusa.
Segundo a mesma fonte, distribuído por três andares, o projeto Hotel Porto São Miguel prevê ainda, segundo o despacho, um restaurante, um bar, uma piscina e duas esplanadas, além da criação de 15 postos de trabalho locais.
“Um projeto ambientalmente sustentável em que os materiais utilizados não são nocivos ao ambiente, capaz de proporcionar equilíbrio entre os negócios, a sociedade e o ambiente envolvente com enfoque na reutilização das águas residuais, na redução do consumo de energia e água, reduzindo assim o impacto negativo sobre o ambiente”, explica a declaração.
Segundo a mesma fonte, O Governo cabo-verdiano prevê que as receitas do turismo renovem em 2020 máximos históricos, chegando aos 430 milhões de euros, o equivalente a quase 23% de toda a riqueza produzida no país. As previsões constam dos documentos de suporte da lei do Orçamento do Estado para 2020, colocando o turismo, como já acontece há vários anos, como a principal fonte de riqueza do país.
Cabo Verde contou com mais de 750 mil turistas em 2018 e a meta do Governo é ultrapassar um milhão de turistas anuais em 2021.
Para 2020, o Governo estima que as receitas turísticas cresçam 10,6%, face a 2019, para 47.918 milhões de escudos (430 milhões de euros). Neste cenário do Governo, as receitas do turismo passam de um peso de 21,9% no Produto Interno Bruto (PIB) de 2019, para 22,7% este ano, refere a notícia avançada pela lusa.
Em 2015, as receitas com o turismo rendiam 30.427 milhões de escudos (273 milhões de euros), o equivalente a 19,2% do PIB cabo-verdiano.
A procura turística por Cabo Verde, segundo a previsão do Governo, deverá aumentar este ano 6%, liderada pelos turistas de Portugal e do Reino Unido, mas também de França e da Alemanha.