Covid 19: Todas as embarcações de recreio entradas no País vão ter inspecção sanitária
O ministro da Economia Marítima, Paulo Veiga, anunciou hoje que todas as embarcações de recreio que entrarem em Cabo Verde, nas marinas e nas baías, a partir de agora, vão ter inspecção sanitária antes do desembarque.
Segundo o governante, a medida foi tomada após o alerta dado pelo delegado de Saúde de São Vicente, na última sexta-feira, que mencionou essa “fragilidade” existente no País e que poderia facilitar a entrada do novo coronavírus (Covid-19).
“Neste sentido, a Polícia Marítima e a Guarda Costeira irão reforçar a vigilância das nossas baías a nível nacional para controlar as embarcações que aportam”, asseverou Paulo Veiga, adiantando que vão ser usados meios de vigilância da Empresa da Gestão dos Portos (Enapor), da Guarda Costeira e nos diversos portos e ainda radares das diferentes instituições.
Tudo isto, segundo a mesma fonte, para evitar ou minimizar a possibilidade do País vir a ter o Covid-19.
O ministro afiançou que a Enapor e o Instituto Marítimo e Portuário (IMP) já estão a dar orientações a todas as delegações neste sentido e, nesta segunda-feira, vai haver uma reunião do Gabinete de Crise, em que se vai analisar as medidas adicionais a serem tomadas.
Entretanto, segundo Paulo Veiga, as medidas de inspecção sanitária estão a ser aplicadas desde sábado, e neste momento analisa-se a possibilidade desta vigorar a título definitivo.
O governante também confirmou a informação de que um navio cruzeiro não recebeu há uns dias a autorização para aportar no Porto Grande, no Mindelo, uma vez que estes estão a ser consultados antes para verem se têm condições ou se têm doentes com sintomas.
“Caso contrário, não são autorizados”, concretizou.
Em Cabo Verde não há, até ao momento, nenhum caso confirmado do novo coronavírus.
O novo coronavírus foi detectado pela primeira vez em Dezembro, na China, e já provocou mais de 5.700 mortos em todo o mundo.
O número de infectados ultrapassa agora os 151 mil, com registos em 137 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 169 casos confirmados.
A Organização Mundial da Saúde declarou, entretanto, que o epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) se deslocou da China para a Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou no sábado 175 novas mortes e que regista um total de 1.441 vítimas fatais.
Inforpress