Mais de duas dezenas de funcionários do interior de Santiago que trabalham no Hospital da Praia exigem viatura para os transportar em segurança

O abaixo-assinado, a que o ASemanonline teve acesso, exige também diligências por parte da administração do mesmo hospital central no sentido de solicitar, para eles, Credencial junto da Protecção Civil. Isto para evitar, como já aconteceu com alguns, que os mesmos sejam impedidos de se deslocarem das suas zonas para o trabalho, na Praia, pela Polícia Nacional.

Segundo uma fonte deste jornal, esses trabalhadores, que podem aproximar ou ultrapassar três dezenas, são do interior de Santiago: Santa Catarina, Santa Cruz, São Domingos, São Lourenço dos Órgãos e da zona de São Francisco, do Concelho da Praia. Abrangem enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais, técnicos, secretárias da Unidade, condutores, porteiros, entre outras categorias que lidam, no dia-a-dia, com os utentes.

No momento em que é preciso mais esforços de todos por causa da epidemia de novo coronavírus no país que oficialmente já infectou dois cidadãos na Praia, os trabalhadores exigem que o problema mais urgente a se resolver é a disponibilização imediata de uma viatura própria para os transportar, já que os carros particulares que ligam interior com a Capital estão proibidos de circularem devido ao Estado de Emergência em vigor no país.

«Nós os funcionários do Hospital Dr Agostinho Neto, residentes no interior de Santiago, viemos, por esta via, solicitar ao Conselho da Administração do HAN que nos disponibilize uma viatura para o transporte dos funcionários. Neste sentido, solicitamos a Vossa Excelência uma atenção especial ao pedido, pois os contornos em que a situação vem tomando colocam em risco a nossa assiduidade ao trabalho», lê-se no abaixo-assinado referido, esperando por parte do CA do Hospital a devida atenção na resolução do problema.

É que, segundo uma fonte que procurou este jornal em representação dos 25 subscritores do documento, o Estado precisa de criar as condições para que possam ir ao trabalho e regressar às suas casas com assiduidade exigida e em segurança sanitária. Isto devido à pandemia do novo coronavírus que, que num total de seis casos positivos (realçam que dois dos quais são na Praia) registados em Cabo Verde, já provocou uma morte na Boa Vista.

Entretanto, até ao fecho desta edição foi impossível obter a reacção da Direção do Hospital Agostinho Neto, já que resultaram em vão as chamadas feitas para o móvel do Presidente do Conselho da Administração, Júlio Andrade. Prometemos, contudo, retomar esta matéria caso o CA do mesmo hospital queira prestar a este jornal os esclarecimentos necessários na sequência das exigências feitas pelos trabalhadores referidos.

Categoria:Noticias