Cabo Verde recebe de imediato apoio inicial de 5 milhões de euros da União Europeia
Em comunicado conjunto com a delegação da União Europeia na Praia, o Governo liderado por Ulisses Correia e Silva refere tratar-se de uma resposta a um pedido formulado pelo executivo cabo-verdiano, que vai permitir apoiar medidas nacionais para combater e ajudar as populações “mais vulneráveis” afetadas pela pandemia provocada pelo novo coronavírus.
A contribuição financeira da UE será utilizada, especificamente, para apoiar o Rendimento Social de Inclusão às famílias identificadas em situação de pobreza extrema no arquipélago, na implementação de um Regime de Rendimento Solidário para beneficiar trabalhadores por conta própria afetados pela crise provocada pela pandemia, “incluindo o comércio informal e contribuintes do INPS [Instituto Nacional de Previdência Social] sem subsídio de desemprego”.
Também financiará parte da assistência alimentar que o Estado está a prestar às famílias cabo-verdianas em situação de vulnerabilidade e ao reforço das ações de cuidados a idosos e pessoas dependentes que vivem isolados em Cabo Verde.
“Este desembolso urgente do apoio orçamental traduz a solidariedade Europeia e atesta o compromisso para com a parceria com Cabo Verde”, sublinha-se no comunicado.
Cabo Verde conta até ao momento com 55 casos confirmados de covid-19 no arquipélago, um dos quais levou à morte do doente e outro já foi considerado recuperado. Deste total, três registaram-se na ilha de Santiago e um na ilha de São Vicente.
Os restantes 51 foram registados na Boa Vista, sendo que além dos 50 naquele hotel, foi confirmado ainda em março outro caso, de uma turista dos Países Baixos.
Cabo Verde cumpre hoje 20 dias de estado de emergência para conter a pandemia provocada pelo novo coronavírus, com a população obrigada ao dever geral de recolhimento, com limitações aos movimentos, empresas não essenciais e escolas fechadas, além de suspensas todas as ligações interilhas e para o exterior suspensas.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados. A Semana com Lusa