Embaixada e comunidade juntam-se para criar ‘task force’ para apoiar cabo-verdianos

Segundo o diplomata, a embaixada e a missão diplomática e consular de Cabo Verde vêm trabalhando esses últimos dias com individualidades e forças vivas da comunidade, tentando operacionalizar um dispositivo de apoio e solidariedade para com aqueles mais afectados pela pandemia do novo coronavírus.

Isto, explicou, numa resposta perante o evoluir da epidemia que já ceifou até este momento 16 pessoas em toda a comunidade cabo-verdiana, principalmente em Brockton.

De acordo com dados recentemente publicados e citados por este responsável, Brockton parece concentrar o maior número de falecidos entre a comunidade cabo-verdiana.

“Nessa cidade e seus arredores residem segmentos vulneráveis da nossa comunidade lidando em casa com a virulência desta tragédia. Partes dessa franja confronta-se ainda com dificuldades objectivas de ordem linguística, de identificação e acesso aos recursos disponibilizados pelas autoridades locais, estaduais ou federais”, clarificou António Nascimento.

Por causa disso, acrescentou, estão a encetar esforços no sentido de criar uma iniciativa-piloto na cidade de Brockton e áreas circundantes.

Esta ‘task force’, adiantou, vai integrar oito individualidades de diversas esferas sócioprofissionais, desde gente próxima das autoridades e eleitos locais, à activistas sociais, enfermeiros, professores, engenheiros, jornalistas, rádios comunitárias entre outros.

Cada um desses elementos, acrescentou o diplomata, terá funções “muito específicas” como mapeamento e elencagem dos recursos disponibilizados pelas autoridades locais, estaduais ou federais, destinados a aliviar o sufoco dos residentes.

Também vão identificar organizações não-governamentais e outras organizações sem fins lucrativos que ajudam imigrantes em situação de irregularidade documental, dando-lhes assistências de vária ordem e outros apoios durante esta crise.

Vão ainda identificar e mapear indivíduos ou núcleos familiares em situação de maior precariedade, que serão alvos de atenção prioritária e definir a forma mais simples e directa de comunicação com esse segmento-alvo, identificar as dificuldades adicionais relacionadas com o domínio da língua inglesa e o preenchimento de formulários de candidatura.

O responsável da embaixada de Cabo Verde em Washington sublinhou, entretanto, que estão a definir quais são os apoios que pretendem levar às pessoas mais idosas que também são as mais vulneráveis na comunidade.

No entanto afirmou que a ‘task force’ “está aberta a todos aqueles que quiserem contribuir.” A Semana com Inforpress

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