Sal: Presidente da câmara assegura que ninguém vai passar forme na ilha apesar das dificuldades

“Muita gente no Sal, em Cabo Verde e em todo o mundo, está a ter dificuldades para resolver as necessidades mais elementares de alimentação. Não há vitórias antecipadas nessa luta. Portanto, é continuar a trabalhar. Sal é a ilha mais prejudicada, já que essencialmente turística, mas ninguém vai passar fome”, tranquilizou o autarca.

Movido por este sentimento, Júlio Lopes acentuou que os serviços sociais têm trabalhado de “forma incansável”, e reconheceu “o esforço e o espírito de ajuda” do pessoal afecto à área.

“Enquanto outros estão de quarentena, eles estão a trabalhar, a visitar os bairros e a apoiar as famílias mais necessitadas, tendo neste momento apoiado cerca de 15 mil pessoas com cestas básicas, numa média de quatro mil escudos cada”, indicou, Lopes, para quem esta cifra demonstra que “quase metade da população do Sal” já foi apoiada neste processo.

Júlio Lopes admitiu, entretanto, que o trabalho de garantia e distribuição das cestas básicas “não tem sido fácil”.

“Este trabalho continua, mas tem sido muito difícil. Estamos a apoiar famílias e pessoas mais necessitadas. Todos os que precisam vão ter apoio da câmara. No Sal ninguém vai passar fome”, reiterou o autarca, destacando, por outro lado, o reforço no fornecimento de água às famílias com maiores dificuldades, através do programa “Uma casa uma torneira”.

“Programa que permitiu a ligação de água domiciliar a mais de 500 famílias. Ainda bem que isto aconteceu, já que agora temos capacidade para reforçar o abastecimento de água e de electricidade, em Terra Boa e Alto de Santa Cruz”, sublinhou.

Júlio Lopes apelou ainda ao cumprimento das normas para se fazer face ao novo coronavírus, ou seja, o distanciamento social, lavar as mãos e ficar em casa, já que de trata do “único remédio” para a covid-19.

“Até agora não há outro remédio ou vacina. Então, temos que trabalhar com aquilo que temos. Cumprir (…) ter sempre em mente que o vírus pode estar em qualquer lado”, alertou, informando que em razão da pandemia provocada pela covid-19, a câmara do Sal vai ter uma perda de receitas na ordem de mais de 100 mil contos.

“Essa quantia de receita reduzida (…) vai ter muito impacto. Mas, estamos preparados para continuar a apoiar aqueles que mais precisam”, finalizou o autarca, estribando-se no ditado popular segundo o qual “depois da tempestade vem a bonança”.

“Vamos sair disso. Temos que ter esperança, tolerância, paciência e muito trabalho”, declarou.

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