PR endereça mensagem de confiança e solidariedade na celebração dos 162 anos da cidade da Praia
Numa mensagem publicada na rede social, o Chefe de Estado começou por dizer que em 162 anos de vida, a cidade da Praia viu nascer e morrer muitas gerações, homens e mulheres que dela fizeram a sua casa, o seu espaço de vida, de trabalho e de convívio, com as suas famílias e amigos.
Apontou que esta tem sido a cidade que atravessou o seu tempo “enfrentando piratas, fomes cíclicas, estiagens, rebeliões absolutistas, revolta de escravos” – Gervásio, Domingos e Narcizo, que conspirou pela liberdade, em suas ruas e cafés, embalou sonhos de poesia e de glória dos seus estudantes de liceu, de escritores, artistas e políticos.
“É a Praia que proclamou a libertação na Várzea e a felicidade nos corações, soltando o sonho colectivo, na poeira do instante. Neste nosso tempo não temos mais rebeliões e fomes”, salientou.
Segundo Jorge Carlos Fonseca, a capital “conseguiu os meios para debelar as secas” e a estiagem “já não representa um perigo de vida” para as populações.
Mas, ajuntou, hoje todos enfrentam um “perigo novo e diferente, jamais vivido pela humanidade”, uma nova ameaça que desertificou as ruas desta cidade, votou os bairros a um recolhimento contranatura, “mas necessário”, que mudou os hábitos.
“Transformou a nossa vida e a vida da cidade da Praia”, expressou, atestando que da Achada Grande à Cidadela, do Planalto central à Achada São Filipe, os praienses cerram fileiras, “mostram-se cidadãos e munícipes conscientes” das suas responsabilidades.
“Os homens e mulheres desta cidade são como pequenos alvéolos deste verdadeiro pulmão da nossa economia e do nosso tecido social, que temos de preservar, a todo o custo”, ressaltou.
Conforme exprimiu, a resposta dos praienses, ao chamamento das autoridades, para enfrentar este momento difícil, é a “prova de amor maior” pelos seus semelhantes e um gesto de civismo.
Para o Presidente da República, em mais de século e meio de existência, a cidade da Praia, estendida do Platô às suas achadas, várzeas e colinas, assistiu a todas as calamidades, de forma estóica, determinada, com fé e esperança.
“Estou certo de que este novo desafio, esta nova prova, será vencida a seu tempo, com o contributo de todos, assim como os nossos antepassados o fizeram. Ou não fosse o nome desta cidade, Praia de Santa Maria da Esperança”, complementou.
Por fim, desejou aos seus dirigentes autárquicos e a todos os seus munícipes, as maiores felicidades e um abraço forte de confiança e solidariedade, neste momento especial de pandemia. A Semana com Inforpress