Ferreiros, um oásis no meio de espinheiras que atrai nativos e estrangeiros
Arlindo da Graça, que nasceu e viveu os seus 40 anos em Ferreiros, “um oásis no meio de tantas espinheiras”, como o descreveu, e com um clima que atrai nativos e estrangeiros.
Aliás, um contraste para todos que chegam em Lomba, pois logo à chegada chegar sente-se o calor e vê-se a secura de Lomba, mas ao voltar os olhos para a direita dá-se com o pequeno espaço verdejante e “muito convidativo”, além do barulho das folhas de aves e “sentir de longe a paz e a tranquilidade”.
Arlindo da Graça, mais conhecido por Lim, diz temer que a “beleza” desta localidade termine como a da localidade de Fajã d´Água, devido à falta de água.
Conforme lembrou a fonte, antigamente havia mais água, tudo era diferente, a produção era maior, mas com o tempo e os consequentes anos de seca, a nascente tem diminuído a sua produção e os “compromissos com este bem são maiores”.
“Além desta diminuição, é desta nascente que vai água para as localidades vizinhas, Lomba e Palhal, e, com a seca, é nesta zona que vem apanhar água em autotanques para abastecer algumas localidades que estão enfrentando dificuldades com os animais e água para consumo”, contou.
Mesmo esmo sendo uma zona longe da cidade, Lim diz que não sentem falta de nada, a não ser as dificuldades enfrentadas com a falta de água, tendo em conta que vivem da agricultura.
Embora em menor quantidade, conforme a fonte, a zona tem sido “bastião” de cana-de-açúcar, batata-doce e comum, coqueiro, mandioca, feijão de todo tipo e qualidade e manga, entre outras, o que pode diminuir mais com a escassez de água.
Nesta zona, Lim ressaltou que recebe muitas visitas, “inclusive de turistas”, que ficam “fascinados” pelo local, principalmente pela tranquilidade e paz que a zona transmite, além de realçar que ali todos os produtos são “naturais”, ou seja, “sem adubos químicos”.
Para os visitantes, contou que muitas vezes fazem almoços e muitos até pernoitam na sua residência.
Comentou que possui um projecto para construir um espaço para receber turistas e visitantes, mas o que falta ainda é o apoio financeiro.
Este morador possui o apoio da esposa, que não nasceu em Ferreiros, mas já reside aí há cerca de 20 anos.
“O que a atraiu é a tranquilidade e a paz, onde tudo decorre no seu tempo”, finalizou. A Semana com Inforpress