Polícia Nacional apreende 73 armas de fogo nos últimos dois meses

O porta-voz do Comando Regional de Santiago Sul e Maio, Roberto Lima, apresentava, assim, os resultados das operações desencadeadas pela PN na Cidade da Praia, nas últimas semanas, visando os grupos rivais e não só, com vista a estancar os assaltos, roubos contra pessoas e residências e, principalmente, as brigas de grupos que, com maior frequência, “têm importunado” algumas zonas da capital.

Segundo revelou, foram efectuadas 95 detenções em flagrante delito, respeitantes a 178 suspeitos, dos quais, só no mês de Maio, dez viram decretado prisão preventiva pelo poder judicial.

“Cumprimos 56 mandatos de detenção fora de flagrante delito para a condução de quatro indivíduos para a cadeia de São Martinho para cumprimento de pena, e os restantes tem a ver com diligências processuais sob custódia”, acrescentou.

Destas detenções resultaram, conforme revelou, na apreensão de 73 armas de fogo, 19 calibres 6,35, 46 de fabrico artesanal, três revólveres, duas pistolas de calibre 7,65, uma caçadeira e duas pistolas de calibre 9mm.

Relativamente às munições, acrescentou, foram apreendidas um total de 87 munições, sendo 31 de calibre 7,65 mm, uma de calibre 9 mm, 39 de calibre 6,35 mm e 16 de calibre 12 mm.

Apreendeu-se ainda, segundo informou Roberto Lima, 99 armas brancas entre facas, catanas, machins e paus de basebol, dentre outros.

“Foram conduzidas para a identificação e investigação centenas de pessoas por razões diversas. No que tange as queixas relacionadas com furto e roubo no total de 300, das quais 200 com suspeitos identificados conseguiu-se localizar metade com resultados positivos. Ou seja, a recuperação dos objectos e devolvidos às vítimas”, revelou.

Na continuidade do estado de emergência, a PN, conforme disse o seu porta-voz, tem alertado a população para continuar ciente e vigilante e contar com o apoio da polícia, através da linha 132, e cumprindo “rigorosamente” as medidas decretadas pelas autoridades sanitárias e não só.

Em relação ao número de policiais infectados com a covid-19, Roberto Lima afirmou que “prejudica sempre”, porque quanto mais o número de efectivos, mais cobertura a PN conseguirá dar.

“Mas desde já avançamos que o Comando Regional tem empenhado todo o efectivo à disposição desta causa e conta também com o apoio dos serviços centrais e a estratégia tem passado pela criação e parceria de equipas conjuntas como a Inspecção Geral da Actividade Económica, a câmara municipal, as Forças Armadas, a Polícia Judiciária, a Delegacia de Saúde e também os serviços nacionais de Protecção Civil”, acrescentou.

O “foco principal”, disse, é a sensibilização das pessoas, mas lá onde houver resistência a polícia, completou, “tem endurecido as medidas” com apreensão de viaturas, aplicação de coimas e, nos casos “mais gritantes”, com a detenção de pessoas. A Semana com Inforpress

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