ACRIDES alerta para o problema das demolições no Alto da Glória que afectaram crianças
Para garantir o bem-estar das crianças é preciso olhar para as famílias, no seu todo, defende a Associação de Crianças Desfavorecidas (ACRIDES), que aponta a ausência do Serviço Social nas comunidades como uma lacuna “grave”.
Um dos grandes desafios do Governo de Cabo
Verde, indica a presidente da ACRIDES, Lourença Tavares, é colocar os
serviços da proteção social no terreno, como se fazia nos anos 80, para,
junto das populações, auscultar os seus problemas e resolver,
posteriormente.
Não se pode, pois, tratar o assunto da criança de uma forma solta, defende, e diz que as políticas sociais para o sector infantil devem ser trabalhadas junto das famílias e das comunidades.
“É atraves do bem-estar das famílias que as crianças se sentem seguras e felizes. E, por sua vez, as famílias só poderão responder às necessidades dos filhos se tiverem as condições para isso. E estas condições são da responsabilidade do Governo”, sustenta Lourença Tavares.
Assim como se procura elevar no sector económico, explica, o social também deve ser alvo de inovação. Uma forma de fazer isso, aponta Tavares, é através de formações de reciclagem aos profissionais, para que possam estar aptos a responder aos desafios e problemas sociais que lhes impõe.
“Ontem, ao ouvir os assistentes sociais de Santo Antão a reclamarem o direito ao emprego, eu acho que é porque também já constataram isso. E Cabo Verde tem profissionais da área social para ajudar o Governo a encontrar as melhores soluções para os problemas e implementar as melhores políticas”, constata.