Ministro diz que aumento do número de casos na ilha só vai afastar turistas


“E afastando os turistas, estamos a afastar a actividade económica de recomeçar, então, temos que pensar que se não tivermos essa atitude responsável, estamos a fazer com que não haja um re-arranque do turismo no Sal e nas outras ilhas”, declarou o governante.

Carlos Santos, que falava à imprensa sobre a sua presença no Sal para reforçar os meios de intervenção e coordenação face à pandemia, já que o Sal está a passar por uma situação de transmissão comunitária, explicou que os operadores turísticos olham para Cabo Verde e fazem uma análise do número de casos que há nas ilhas.

“E, havendo um número excessivo, obviamente, leva com que o operador turístico tenha uma outra análise, o que pode fazer com que não recomece as suas operações”, acentuou, pedindo aos salenses, taxistas, proprietários de hiaces, trabalhadores da construção civil, a juventude a “mudar de atitude”.

“A mudar de atitude, se de facto queremos combater este vírus aqui no Sal, e essa é uma mensagem que quero deixar, principalmente neste fim-de-semana, em que as pessoas vão à praia de mar”, referiu, chamando atenção para o distanciamento e utilização de máscaras, para que se possa vencer o vírus no Sal.

Considerando a situação de transmissão comunitária no Sal, que regista mais de 70 casos de pessoas infectadas pelo vírus e mais de 300 em quarentena, o titular da pasta do Turismo analisa “de froma positiva” o trabalho e as medidas que vêm sendo concretizadas para debelar a problemática.

Nesta ordem, Carlos Santos disse acreditar que já se começou a entrar numa situação de “algum controlo da pandemia”.

“Nós vamos continuar a reforçar e a acompanhar, mas continuo a dizer que o cerne do combate não está na feitura ou exigência de mais testes. O cerne do combate está na atitude de cada cidadão salense”, enfatizou.

“Volto a repetir e a lançar um apelo veemente aos cidadãos da ilha para terem uma atitude responsável. Não é possível continuarmos a andar nas ruas sem uma máscara”, acentuou.

Quanto a expectativas de retoma do turismo, da movimentação turística no País, o governante diz que vai ser gradual e lenta.

“Até porque, precisamos introduzir protocolos, procedimentos e regras nos restaurantes e em todo o circuito do turista”, explicou, anunciando a implementação de um projecto de segurança sanitária, que já está a decorrer, de preparação dos hotéis, restaurantes e aeroporto para que possam ter todas as suas normas implementadas.

“Não é uma certeza que tenhamos, rapidamente, uma entrada de turistas, porque vai depender do nosso comportamento, do número de casos que tenhamos na ilha do Sal (…), e aí é o apelo veemente que faço a todos os salenses, se queremos o re-arranque da economia nós temos que alterar o nosso comportamento. É um pequeno sacrifício que estamos a fazer para termos ganhos maiores”, frisou.

Carlos Santos prognostica a chegada dos primeiros turistas no Sal e noutras ilhas do País, a partir do mês de Julho, porém isso, repetiu, vai “depender muito do comportamento” e do número de infectados.

“Por isso que não é um trabalho só do Governo, Forças Armadas ou do Ministério da Saúde (…), é um trabalho da população do Sal”, concluiu. A Semana com Inforpress


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