Rabidantes do sucupira afirmam não terem recebido os 10 mil escudos do Governo

Os vendedores do mercado da Sucupira na cidade da Praia afirmam que não receberam nenhuma ajuda do Governo, nem da Câmara Municipal da Praia ou de qualquer outra entidadade, durante os dois meses de confinamento obrigatório por causa da pandemia da Covid-19.

Em conversa com o A NAÇÃO Mafalda Mendes queixou-se de dias difíceis que enfrentou durante o estado de emergência. “Mandaram-nos para casa e prometeram atribuição dos 10 mil escudos e eu, até agora, ainda não vi a cor deste dinheiro. Muito pouca gente recebeu. Eu enfrentei dias difíceis e se não fossem as ajudas da diáspora, não sei o que seria da minha família “reclama.

Mafalda que diz ser responsável pelo pai de 85 anos garante que não recebeu nem cestas básicas para remediar a crise.

Também Suzete Monteiro afirmou também não ter recebido nenhum “tostão” prometido.

As primeiras indicações eram que as rabidantes deveriam se inscrever em uma plataforma com BI e número de nif. “Fizemos isso não resultou. Depois mandaram-nos para o SEPAMP e lá só nos tiravam da porta. Dias depois eu acabei por desistir e os que insistiram acabaram de mãos vazias como eu”.

Segundo a mesma, os dias da pandemia vão ficar marcados na sua memória, pois, além da doença, têm revelado “muitas injustiças”.

“Nem os 10 mil escudos prometidos muito menos cestas básicas. Graças a algumas reservas, consegui me desenrascar”.

Agora que voltaram estão a ser “castigadas” pela pouca movimentação. As vendas, dizem, são “zero”.

“Temos de vir na esperança de vender alguma peça mas tem sido difícil. Posso dizer que estamos a arriscar por nada. Estamos aqui expostos ao vírus mas a venda que é bom, nada”, concluiu.

A NACÃO tentou ouvir responsáveis do SEPAMP, mas na sede desta instituição que gere os mercados da Praia, foi-nos dito que a responsável estava ocupada e não podia atender e para ligarmos antes de lá ir. Pois ligamos várias vezes e nunca mais nos atenderam o telefone.

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