ICCA admite que Santo Antão tem sido “bastante falado” em relação à problemática de abuso sexual de menores
Santo Antão está a ser “bastante mediático” em relação à problemática do abuso sexual de menores, mas o número de casos está a diminuir nesta ilha, em comparação com o ano anterior.
Quem o reconhece é a delegada do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) em Santo Antão, Earsénia Nico, para quem esta “ilha tem sido, ultimamente, muito falada” com denúncias de casos de abuso sexual de menores, facto que demonstra, a seu ver, a “indignação” das pessoas quanto à esta problemática.
“Realmente, a ilha de Santo Antão tem sido bastante mediática em relação à denúncia de casos de abuso sexual de menores, que têm vindo a acontecer, mas, em relação ao ano anterior, tivemos este ano menos casos”, sublinhou.
Earsénia Nico falava a propósito de uma manifestação ocorrida, esta terça-feira, na cidade do Porto Novo, organizada pela associação Pares Educadores, para sensibilizar a sociedade porto-novense para a necessidade de se combater este problema.
O ICCA, segundo a responsável, congratula-se com o facto de as pessoas estarem a denunciar os casos de violação dos direitos das crianças, designadamente, quando se trata de casos de abuso sexual de menores, o que revela que os cidadãos estão “indignados” com essa situação.
A passeata, conforme a mesma fonte, demonstrou que os porto-novenses estão dispostos a ajudar as autoridades a combater a problemática do abuso sexual de menores, mas também estão comprometidos com a promoção dos direitos das crianças.
A professora Joanita Fernandes, representante da associação Pares Educadores, que está, desde 2018, a desenvolver projectos que abordam diversos problemas que afectam as crianças no ambiente escolar, admite os pais estão “muito preocupados” com esta realidade, daí a realização da marcha que contou com a presença de alunos, professores e pais.
Pares Educadores tem como parceiros a Câmara Municipal do Porto Novo, a delegação do Ministério da Educação Porto Novo, o ICCA, a Polícia Nacional e o grupo teatral Juventude em Marcha.
INFORPRESS