Primeiro-ministro: Participação do Estado de Cabo Verde na Binter é 126.238 contos
O chefe do Governo fez estas revelações no debate parlamentar sobre questões de políticas internas e externas, que, no entanto, desembocou para aquilo que o Governo considera de “gestão danosa” da TACV-Cabo Verde Airlines durante os 15 anos do poder do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição).
Segundo Correia e Silva, a denúncia do contrato com a ELIX vai ser no valor de 6,7 milhões de euros, através de um “processo negocial”, com vista a evitar o pagamento de 25 milhões de euros.
“A perda dos aviões ATR, que hoje deveriam ser nossos, contabiliza negativamente nas vossas contas (do Governo do PAICV), assim como as rendas que não foram pagas, colocando o Boeing sob o arresto em Amsterdão”, precisou, acrescentando ainda que os 12 milhões de contos de prejuízos “acumulados” ao longo de anos devem ser também, contabilizados nas contas da governação do PAICV.
O primeiro-ministro referiu-se ainda a “negócio gravoso” feito com a contratação de administradores que resultou em “vários milhares de contos”. Mais uma vez, o executivo de Ulisses Correia e Silva responsabilizou o Governo pela situação a que chegou a transportadora aérea nacional.
Reiterou o desejo do seu executivo em indemnizar os trabalhadores da TACV, além de se disponibilizar para criar linhas de crédito para financiar aqueles que queiram enveredar pelas actividades de empreendedorismo, através de “condições favoráveis”.
“Vai haver a possibilidade de a própria Binter recrutar alguns trabalhadores”, indicou o primeiro-ministro”, numa referência àqueles que vão ser dispensados pela TACV. Fonte: Inforpress