Cabo Verde registou uma venda de menos 9,5 milhões de cigarros em 2020
De acordo com o relatório e contas de 2020 da empresa, a que a Lusa teve acesso, trata-se de uma quebra de 8,05% na venda de cigarros que acumula com os 8,5% registados em 2019 e que então travaram vários anos consecutivos de crescimento neste negócio.
Em todo o ano de 2020, a tabaqueira caboverdiana, que tem o monopólio da atividade no arquipélago, vendeu 107.534 milheiros (cerca de 107,5 milhões de cigarros), o que compara com o pico alcançado em 2018, de 127.865 milheiros (quase 128 milhões de cigarros) ou os 116.952 milheiros (quase 117 milhões de cigarros) em 2019.
No relatório, a administração refere que a quebra na procura turística em 2020, devido à pandemia de Covid-19, "condicionou gravemente a atividade da SCT".
A título de exemplo, a tabaqueira refere que as vendas da marca Marlboro Gold, "um cigarro de segmento alto, consumido principalmente pelos turistas", aumentaram consecutivamente de 2016 a 2018, mas em 2020 caíram 35,25%, para cerca de 7,6 milhões de cigarros.
Quase metade do tabaco vendido em 2020 foi da marca de origem portuguesa SG Gigante, lançada ainda nos anos 50 (produção local caboverdiana), com quase 48 milhões de cigarros (-13,16%), segundo o relatório e contas da SCT, empresa constituída em 1997 e participada por um Agrupamento de Empresas (51,15%) e pelo Município do Sal (12,50%), estando o restante capital social disperso em bolsa.
Ainda assim, a marca SG Gigante continuou a ser de longe a mais lucrativa, com 410,1 milhões de escudos (3,7 milhões de euros) em vendas (-9,5%) em 2020.
As marcas de tabaco associadas à ilha de São Vicente, sede da Sociedade Caboverdiana de Tabaco (SCT), foram as únicas que viram as vendas crescer, em unidades, em 2020, casos do Porto Grande (+16,36%) e Falcões (+60,85%).
A quebra nas vendas representou ainda uma diminuição de 9,6% na faturação global da SCT, face a 2020, totalizando 874,7 milhões de escudos (7,9 milhões de euros).
Já o negócio da venda de charutos e cigarrilhas em Cabo Verde manteve-se praticamente "sem expressão" em 2020, com 6.155 unidades vendidas, uma quebra de 65,80% face a 2019.
Asemana com Lusa