Feira Internacional de Cabo Verde regressa com 125 empresas e um quarto são portuguesas
"É uma feira rica em termos de setores da economia porque praticamente todos os setores estão aqui representados. É uma feira especial, depois desta pandemia, mas está uma feira enriquecida", disse à Lusa Angélica Fortes, administradora-delegada da Feira Internacional de Cabo Verde (FIC) e coordenadora da feira, que abre portas hoje.
Com o lema "Cabo Verde e as oportunidades em tempos de crise", participam até sábado na 24.ª edição da feira um total de 125 empresas, em 230 stands distribuídos por duas áreas cobertas, com 3.700 metros quadrados, e uma área exterior, com 2.000 metros quadrados, nos arredores da capital.
"É um espaço considerável que está preenchido com stands e com empresas", acrescentou Angélica Fortes.
A última Feira Internacional de Cabo Verde realizou-se em 2019, no Mindelo, ilha de São Vicente, e na edição de 2018, na Praia, estiveram presentes 147 empresas, igualmente com Portugal a liderar entre as representações estrangeiras.
"A diferença não é muita [face a 2018], tendo em conta a situação que se vive neste momento, depois de uma pandemia. Temos 125 empresas, mas isto superou as nossas expectativas, tendo em conta este momento, estamos satisfeitos", reconheceu ainda.
Para esta edição, as empresas de Cabo Verde são as mais representadas (63%), seguidas das portuguesas (23%).
Há ainda empresas de Espanha, Estados Unidos da América, Alemanha, Suíça, Áustria e Mauritânia representadas na feira.
Os outros países, além dos principais e habitualmente presentes na feira, como Cabo Verde e Portugal, contam este ano com 11% das empresas representadas, quando anteriormente valiam 1%.
"Isto é um facto que é de referir. Este ano, com esta pandemia, nós esperávamos que os outros países, se calhar, ficassem com receio em virem a esta feira. Mas foi completamente diferente", concluiu a responsável.
A organização explica que a Feira Internacional de Cabo Verde, organizada pela empresa estatal FIC, é um espaço destinado para parceiros, exportadores, importadores, revendedores, distribuidores e prestadores de serviços de e para África, com o propósito de promover negócios, transferência de conhecimento, parcerias empresariais e networking.
Cabo Verde está a recuperar de uma profunda crise económica provocada pela pandemia de covid-19, que em 2020 levou a uma recessão económica de 14,8% do Produto Interno Bruto (PIB), dada a ausência quase total de turismo, setor que garante 25% do PIB.
Para este ano, com a retoma do turismo, o Governo cabo-verdiano prevê um crescimento económico de cerca de 7%, face a 2020. A Semana com Lusa