Quinto Recenseamento Geral das Pescas arranca na segunda-feira incluindo embarcações desportivas
Para a responsável do projecto citado pela Inforpress, coordenado pelo Instituto do Mar (Imar), este levantamento vai fazer sobretudo a contagem de todos os factores de produção, desde as pessoas que trabalham no sector das pescas como armadores, pescadores, distribuidores de pesca e até tratadores de peixe, mas também embarcações da pesca artesanal, semi-industrial, industrial e pela primeira vez embarcações de recreio.
Segundo a mesma fonte, que falava à imprensa, no Mindelo, durante o acto de lançamento do recenseamento vão ser contemplados outras infra-estruturas e serviços que apoiam a pesca.
A decisão de incluir desta vez as embarcações de pesca desportiva, explicou, está ligada ao facto destas contribuíram para a movimentação financeira e também estarem a lidar com os recursos haliêuticos.
“Temos o interesse em saber o número de embarcações que estão a lidar com esses recursos haliêuticos”, sublinhou Maria Auxilia Correia, admitindo serem informações de “extrema importância”, que permitirão actualizar a base de dados.
Neste sentido, os dados recolhidos vão ser utilizados, acrescentou, para, por exemplo, refazer o plano de amostragem mensal do Imar, actualizar as contas nacionais em termos estatísticos e, consequentemente, “melhorar as estatísticas em termos de captura”.
Segundo ainda a Inforpress, a operação arranca nesta segunda-feira, 22, abarcando todo o território nacional, e decorre até 07 de Dezembro.
Este quinto recenseamento tem como principal parceiro o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), que dará o suporte técnico para a concepção da metodologia e dos questionários.
Neste sentido, pela primeira vez vão ser utilizados equipamentos electrónicos, tablets, para recolha das informações.
Trata-se de uma operação que, conforme Gilliard Nascimento, em representação do ministro do Mar, permitirá estimar o número de pessoas que dependem das pescas como fonte de renda e quanto o Estado precisa investir em infra-estruturas, formação e modernização das artes de pesca.
Ainda conforme a mesma fonte, favorecerá o combate às desigualdades, através da valorização das potencialidades das comunidades pesqueiras de todas as ilhas e correcção das desigualdades de oportunidades sociais.
O V Recenseamento Geral das Pescas é financiado pelo Banco Mundial e conta ainda com a parceria do Ministério das Finanças, através da Unidade de Gestão de Projectos Especiais, que é o gestor do projecto.
O último recenseamento do sector foi realizado em 2011 e deveria ser refeito após cinco anos, mas foi devido a condicionalismos financeiros foi adiado por cerca de dez anos, conforme explicou a coordenadora, Maria Auxilia Correia, refere a Inforpress.