Óbito: Traumatismo craniano como causa de morte da cantora Dulce Matias

 O delegado de Saúde de São Vicente, Elísio Silva, assegurou hoje que a causa de morte da cantora mindelense Dulce Matias foi “traumatismo craniano” provocado por “queda acidental” de uma altura de cerca de três metros.

Conforme a mesma fonte avançou à Inforpress, o óbito da cantora aconteceu depois das 21:00 desta sexta-feira, 17, após esta ter sofrido uma queda de uma janela interna de um dos restaurantes da cidade do Mindelo, onde estava num convívio familiar e onde decorria um concerto. 

Entretanto, assegurou Elísio Silva, o caso ainda está sob a alçada da Polícia Judiciária. 

Segundo informações do artista Voginha, que participava do concerto, Dulce Matias, 54 anos, terá tentado atravessar uma janela, que se assemelhava à uma porta, para ir ao bar no pátio do restaurante, mas, caiu no fosso de uma escada que dava acesso à uma área de serviço térreo do restaurante. 

Dulce Matias, emigrante há muitos anos em França, faleceu esta sexta-feira, 17 Dezembro, data que já se mostra madrasta para a classe artística feminina cabo-verdiana, porque, coincidentemente, assinalou-se nesse dia dez anos sobre a morte da diva dos pés descalços, Cesária Évora, e um sobre a de Celina Pereira. 

Nascida e criada em Cabo Verde, optou pela emigração em 1984. A música entra na sua vida ainda muito cedo. Nas recordações da sua pequena infância, a mãe era uma “mulher simples” e cantadeira e do avô, o violinista Nhô Xima, herdou o ritmo.

Dulce Matias era dona de uma voz rouca e tinha como seus ritmos de eleição a morna e a coladeira. 

A cantora tem dois discos no seu currículo: “Reservóde” (1999, que depois de reeditado em 2001, pela Idéalsongs Music passaria a chamar-se “Razâo d’existi) e “Mel D´Cana”, álbum lançado em 2004 e que lhe valeu a nomeação para o Kora Awards 2004, na categoria de Melhor Cantora da África Ocidental. 

LN/HF

Inforpress/Fim

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