Plano de actividades e orçamento para 2022 chumbados com 6 votos contra do PAICV e um do MpD
A Assembleia Municipal de Santa Catarina do Fogo é composta por 13 deputados, sendo 7 do Movimento para Democracia (MpD) e seis do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV).
Em declarações telefónicas à Inforpress, o presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina do Fogo, Alberto Nunes, disse que agora a equipa camarária tem um período de um mês para apresentar o instrumento de novo à assembleia.
“Na verdade, os argumentos que são apresentados como prova de chumbo não são bem fundamentados, são motivações de natureza pessoais e de disputa, talvez, de protagonismo. Em termos do documento em si, não temos muito que mudar. Quando o objectivo é contrário com aquilo que é o do município e quando as coisas pessoais sobrepõem às coisas colectivas, é assim que acontece”, disse.
Alberto Nunes disse ainda que durante o debate as duas bancadas propuseram várias sugestões que a câmara acatou e que, por isso, está a dizer que a motivação não tem a ver com a natureza do documento.
“Introduzimos várias propostas, acatamos quase todas as propostas. Propuseram até o aumento de senha de presença que concordamos e eles aprovaram, mas, no entanto, votaram contra. Tivemos um elemento da nossa bancada que votou contra”, acrescentou.
Por seu turno, o líder da bancada municipal do PAICV, João Francisco, também por via telefone, disse que se constatou durante o debate que o plano de actividades e o orçamento para 2022, para além de ser um documento que não vai de acordo com a realidade do município, é “impossível de realizar”.
“O mais grave é que não dá importância a sectores-chave para o desenvolvimento do município. Há também discrepância, ou falhas de tecnicidade na elaboração do plano e orçamento, os números não batem”, acrescentou.
João Francisco disse ainda que se trata de um plano que “esquece” de todos os sectores importantes para o desenvolvimento do município, apresentando um decréscimo no plano de investimento, ao passo que apresenta acréscimos no gabinete do presidente.
“Teve um deputado da bancada do MpD que questionou todas essas questões, à semelhança do que fez o PAICV e acabou por votar contra, juntamente com o PAICV e o orçamento ficou chumbado”, informou.
A Inforpress tentou falar com líder da bancada municipal do MpD e também como o deputado daquele partido que votou contra, mas as várias tentativas se revelaram frustradas. A Semana com Inforpress