Construção do cais de Baía do Corvo será decisivo para desenvolvimento e semi-industrialização da pesca

Fábio Vieira que participava nas actividades comemorativas do Dia Nacional do Pescador, onde a câmara municipal procedeu à distribuição de 25 malas térmicas às peixeiras e homenagem a dois pescadores, disse que a construção do cais de Baía de Corvo é um projecto que está na agenda do actual Governo, mas que a autarquia manifesta toda a sua disponibilidade para junto do Governo mobilizar parcerias e recursos para materialização do que considera ser “um grande projecto para o desenvolvimento do sector da pesca”.

O edil dos Mosteiros indicou que existe uma linha de crédito da Cooperação Japonesa para financiar construção de cais de pescas, a nível do país, e que Mosteiros é um dos municípios que, possivelmente, pode ser contemplado e se conseguir até 2025 materializar este projecto, do ponto de vista de infra-estruturas o município fica preparado para dar o passo rumo à semi-industrialização do sector da pesca.

“Neste momento, estamos a concluir um dos maiores investimentos no sector da pesca desde a criação, há 30 anos, do município dos Mosteiros, nomeadamente a construção da casa dos pescadores e de 15 abrigos de motores, um investimento à volta dos 16 mil contos”, disse o autarca.

Para o mesmo, não é um investimento apenas do ponto de vista físico, mas tem outras valências como a instalação de uma unidade de frio para conservação de pescado e de uma loja para venda de utensílios de pesca, que é uma reivindicação antiga dos pescadores do município.

O passo seguinte, avançou, é continuar a apostar na formação e capacitação técnica, quer das peixeiras como dos pescadores, observando que recentemente concluiu-se uma acção de formação em matéria de conservação e manuseamento de pescado e a câmara municipal vai promover uma outra formação dirigida às peixeiras e outros operadores de pesca do município em matéria da gestão de pequenos negócios, dando-lhes instrumentos para uma gestão mais eficiente e eficaz dos seus negócios à volta da pesca.

A autarquia pretende também que os pescadores sejam formados em técnicas de navegação em alto mar, isto no quadro da promoção da economia azul e do empoderamento dos pescadores para aumentar a captura.

Além da formação, explicou, é fundamental começar a introduzir embarcações de médio porte e para tal é preciso formar os pescadores em técnicas de alto mar, tendo a autarquia definido os termos de referência, junto do Instituto Marítimo Portuário, IMP, e vai procurar mais um parceiro para materializar esta acção de formação e capacitação.

Outro desafio de momento para o sector da pesca está relacionado com a modernização das infra-estruturas de pesca, nomeadamente dos quatro arrastadores, nomeadamente de Praia Cais, Praia Lantcha, Muro Djéu (Muro Ilhéu) e Calhau na localidade de Fajãzinha, referiu Fábio Vieira, para quem “é fundamental modernizar e criar melhores condições de trabalho e de segurança aos pescadores”.

Juntamente com as malas térmicas (25) a câmara municipal devia proceder à entrega de kits aos pescadores, o que não aconteceu devido ao atraso no envio dos mesmos por parte do fornecedor.

Ao todo, as malas térmicas e os kits para os pescadores representam um investimento de 1.500 contos. A Semana com Inforpress

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