Chefe de Estado Maior das Forças Armadas Anildo Morais reitera “desafios prementes” a ser assumidos com Centro de Instrução Militar Zeca Santos
O major-general, que presidiu na manhã de hoje a cerimónia de celebração, em São Vicente, assegurou que não se pode deixar de destacar a “melhoria significativa” das condições de vida dos militares, do sistema de instrução e da capacidade dos instrutores.
No entanto, acrescentou, a unidade considerada o “berço de todos os militares cabo-verdianos” tem alguns desafios que devem ser resolvidos de “forma premente”.
“Falámos ainda da capacidade da própria unidade e da construção de estruturas necessárias actualmente”, enumerou.
Anildo Morais admitiu que as transformações vivenciadas actualmente no mundo devem ser acompanhadas pelas Forças Armadas, tanto a nível de gestão e treino, como a nível de valores.
“No entanto, os valores tradicionais e que fazem a nossa história devem ser apanágio do que até aqui foi construído”, sentenciou o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, para quem é necessário que se acompanhe a dinâmica existente na área da defesa, “primando sempre pelos princípios de legalidade, cientificidade e eficácia”.
Para tal, ajuntou, os homens e as mulheres devem ser valorizados para que se tenha umas Forças Armadas “motivadas, capazes e dotadas com os meios adequados e com melhores condições de trabalho”.
O Centro de Instrução Militar Zeca Santos, conforme biografia lida pelo director, José Manuel Paris Morais, foi criado em 1949 pelo então Estado português fazendo parte do triângulo de fogo com João Ribeiro e Alto São João, todos em São Vicente.
Em 13 de Setembro de 1975 passou a fazer parte da Primeira Região Militar e em 01 de Dezembro de 1984 recebeu o nome de Zeca Santos (1941- 1971), como forma de homenagear o combatente da liberdade da pátria José Henrique dos Santos.
Durante a cerimónia de hoje foram lidos louvores e feitas condecorações a alguns militares e ainda feita a deposição de uma coroa de flores no memorial do patrono do centro de Morro Branco.