Câmara com disponibilidade financeira para concluir apartamentos do complexo “Casa para Todos” - São Filipe

Ao todo são 24 apartamentos de classe A, propriedades da Imobiliária Fundiária Habitat (IFH), que foram desocupados em 2019 por um grupo de famílias que os ocuparam de forma ilegal e que a câmara quer, à semelhança do que aconteceu nos outros municípios, sejam transferidos para o domínio da câmara para terminar a sua edificação e colocar à disposição de famílias mais vulnerais, mediante “processo de seleção transparente”, referiu o presidente da câmara, Nuías Silva.

“De forma imediata temos a disponibilidade para trabalhar todo o projeto que está à volta de 18 mil contos para colocá-lo em estádio funcional”, referiu Nuías Silva, indicando que a câmara tem previsto no seu orçamento cerca de 20 mil contos para esta área.

O valor é apenas para a conclusão dos apartamentos do bairro de Fonte Aleixo/Cobom, que são de classe A, já que o de Xaguate Cima é de nível médio, classes B e C, e a política é noutro sentido, já que o Governo e a IFH vão mobilizar recursos necessários para a sua conclusão e colocar no mercado para venda a baixo custo para jovens quadros, emigrantes e outros interessados que queiram ter uma habitação em São Filipe.

No entanto, para a área de habitação social, Nuías Silva avançou que a autarquia pretende lançar um projeto denominado “São Filipe solidário”, que visa mobilizar a diáspora para as questões sociais e a autarquia espera contar com a influência do ministro da família e de outras pessoas, através de mensagem de encorajamento das pessoas para colocarem ao lado Governo e da Câmara na mobilização dos recursos para ajudar os outros.

O lema do projeto, segundo o mesmo, é “ajudem-nos a ajudar aqueles que necessitam”, porque a câmara “conhece a realidade e as vicissitudes do município real” e precisa de apoio.

Nuías Silva congratulou-se com o facto de o ministro da Família ter mostrado disponibilidade para fazer esta diplomacia junto dos ministérios que tutelam esta área e disse acreditar que brevemente a câmara poderá estar a assinar o protocolo e a trabalhar aquelas casas e disponibilizá-las aqueles que mais necessitam.

A hipótese de compra foi ventilada e o valor proposto é superior a 50 mil contos.

Sobre esta possibilidade, Nuias Silva indicou que a vontade de comprar existe, mas a câmara não dispõe de recursos e que os parcos recursos que possui serão disponibilizados para as famílias que mais precisam.

Os apartamentos do complexo “Casa para Todos” do bairro de Fonte Aleixo/Cobom tinham sido ocupados em meados de Março de 2018, e os de Xaguate de Cima no mês de Julho do mesmo ano, mas foram desocupados na sequência da providência cautelar solicitada pela IFH.

Nno quadro do programa “Casa para Todos” a ilha do Fogo foi contemplada com cerca de 200 moradias (196) das classes A, B e C, das quais 112 foram concluídas, sendo 52 no município dos Mosteiros e 60 no de Santa Catarina do Fogo, e 84 habitações no município de São Filipe, nos bairros de Cobom (24) e Xaguate Cima (60) estão por concluir, sendo que os de Cobom em estado mais avançado.

A Semana com Inforpress